terça-feira, 29 de maio de 2012

Igreja Matriz da Paróquia de Cristo Rei da Vergada 
à Espera das 40  Virgens Esmeraldas!!!
Acta da Comissão Executiva da 
Paróquia de Cristo Rei da Vergada 
do dia 27 de Maio de 2012
No dia 27 de Maio de dois mil e doze, pelas 21,00 horas e na Sala Nova desta Paróquia de Cristo Rei da Vergada estiveram reunidos os membros da Comissão Executiva, tendo como Presidente o seu Pároco – Pe. António Teixeira Machado e o Sr. Diácono António Avelino Valinho Luís, bem como os Srs. Daniel César Cardoso Santos, João José Couto Batista Pinto, Manuel Avelino Alves Cardoso e o secretário Jacinto Cardoso.
A Srª D. Esperança Pereira da Silva não esteve presente atendendo à idade avançada e estado de saúde.
 Esta reunião tinha como objetivo definir e planificar os eventos das Comemorações dos quarenta anos desta Paróquia da Vergada havendo duas datas que não podem ser esquecidas:
o dia 7 de Agosto de 1972 (data da Provisão Diocesana da instituição da Paróquia)
e a data de 15 de Agosto de 1972 (data da entrada oficialmente da Igreja Matriz).
A reunião começou por uma pequena oração ao Espírito Santo e seguidamente foram lidos alguns excertos de atas que visavam já a constituição da Paróquia.
Assim, numa ata de 16/11/1959 menciona-se a necessidade duma comissão visando a criação da futura Paróquia. Esta comissão emitiu o seu parecer ao Bispo Diocesano, D. António Ferreira Gomes, expondo sucintamente quatro pontos como necessários para a criação desta Paróquia:
a). Para o bem-espiritual da população abrangida pelos lugares de Ramil, Ordonhe, Vergada e Ermilhe que deveria rondar 2.000 almas.
b). Catequizar 250 crianças.
c). Assistir os doentes.
d). O povo está a sustentar dois padres e um capelão.
A este pedido obteve-se uma resposta do Bispo auxiliar, então D. Florentino de Andrade e Silva dizendo que “embora o caso não possa já ser resolvido, será um dos assuntos a serem tratados, logo que possível” e que se deve comprar uma casa para residência do Pároco próximo da Capela.
 Para as Comemorações, além de algo mais que possa surgir, ponderou-se em:
A)  Fazer uma Exposição no Salão Paroquial de Fotografias, Documentação e Materiais alusivos à localidade da Vergada, a ter início no dia 4 de Agosto.Incluindo fotografias da Antiga capela de Ordenho e zona envilvente.
Para este evento estão e/ou serão convidados:
João da Nela,
Orlando Silva,
Orlanda Maria Rios Tavares (Landa),
Fotógrafo Alves,
Dr. Rui Fernando Guedes Ribeiro,
Esperança Pereira da Silva
e Francisco Ferreirinha.
B)   Conferência sobre a pré-história,proto-história, história de Ordonhe (incluindo a Capela de Ordonhe) até ao dia 15 de Agosto de 1972 pelo Doutor de História Vergadense Hugo Silva no dia 7 de Agosto de 2012.
Esta conferência será iniciada por um trecho de música clássica, se possível com pessoas da Vergada ou que aqui estudam.
Os instrumentos indicados seriam:
flauta transversal,
oboé,
violino,
violoncelo.
Para a conferência será necessária uma mesa, instalação sonora, apresentador
Do Conferencista  (Dr. Manuel Vicente Pinto da Silva (?) onde será também convidado o Sr. Arquiteto Desenhador-Projectista  desta Igreja, o Sr. Alberto Dias de Almeida  que falará da arquitetura da Capela demolida  e da história  arquitectónica desta Igreja.
É necessário fazer a biografia do Dr. Hugo e do Sr. Alberto Dias de Almeida.
C)   Conferência sobre a Paróquia Experimental de 7 de Agosto de 1972 a Definitiva a 22 de Novembro de 2008 aos nossos dias.
Serão convidados o Sr. P. Casimiro Pinto de Oliveira, e Professot Pedro Ferreira.
D)  Bênção da Igreja Matriz da Paróquia de Cristo Rei da Vergada, preferencialmente no dia 12 de Agosto às 19 horas.
Em caso de impossibilidade sugerir-se-á os dias 5, 19 ou 26 de Agosto à mesma hora. Às 20.30 horas há um convívio/jantar/partilhado por todos quantos se queiram associar neste Singular Evento.
E)   Será descerrada uma placa alusiva aos fundadores que deram os primeiros passos para a criação da Paróquia.

E nada mais havendo a tratar foi encerrada a reunião pelas 23.00 horas da qual se lavrou a presente ata que depois de lida e aprovada será assinada pelo presidente e por mim que a secretariei.
 (Pe. António Teixeira Machado)
 (Jacinto Cardoso)

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Foi dado início ao Ciclo de Conferências
“SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO”
em Santa Maria de Pigeiros - Santa Maria da Feira.
 
Iniciativa conjunta  do Grupo de Adolescentes da Caminhada Catequética (10ºAno), com o apoio da Paróquia de Pigeiros, Junta de Freguesia, Catequistas 
e Comissão de Pais.
Conferências distribuídas por três datas: 24 de Maio, 31 de Maio e 7 de Junho.
Cada Conferência com Temas Interessantes e Sugestivos 
e Conferencistas Credenciados.
 
A primeira Conferência, dia 24 de Maio , às 21.00 horas, 
em amplo Salão ao lado da  Igreja Matriz de Pigeiros, 
abordou o Tema: DEUS E CIÊNCIA 
onde foram conferencistas Dra. Alda Gomes 
e o Reverendo Doutor Rui Santiago cssr.
Excelentes comunicações onde o Tema acima referido foi clara 
e concisamente exposto perante uma sala cheia de Juventude local 
e de outras proveniências e vizinhanças.
Arte e Vida não faltaram. 
A mesa constituída pelo Pároco Local e Arciprestre da Vigararia 
de Santa Maria  da Feira, P. José Carlos Teixeira Ribeiro , 
o Reverendo Diácono António Avelino Valinho Luis, 
Coadjutor da Paróquia e os acima mencionados Conferencistas.
Fé e Ciência não são contraditórios; 
Deus e Ciência não são rivais ou inimgos.
Esclarecidas terminologias: Começo e Origem; 
Enigma e Mistério. 
Fé e Dom da Fé. 
Crença, praticância, vivência, 
Amor a Deus e aos Irmãos.
Onde não faltou a menção adequada 
do livro  Caroço de Azeitona de Erri de Luca,ed. Assírio & Alvim
e Em nome da Mãe – do mesmo autor, Editora Companhia das Letras.
Em diálogo final e são convívio terminou este singular e inédito evento.
Vai ser continuado no dia 31 de Maio com o Tema:
 “ A Alimentação. A Alimentação nas diferentes Religiões”
e “Teologia do Corpo” a  desenvolver pelos Doutor José Carvalho
( Professor da UCP do Porto)
e Doutora Célia Rocha (Nutricionista)
Terminando este Ciclo de Conferências no dia 7 de Junho com o Tema:
“Os Mass Media / a Televisão e a Família”
com Sua Excelêncisa Reverendíssima 
o Senhor Bispo do Porto D. Manuel Clemente 
e Dra Ivone Pinheiro  ( Jornalista).
 
Parabéns por esta iniciativa!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

SOLENIDADE DO PENTECOSTES  - ANO B
 Tema da Solenidade de Pentecostes – Missa do Dia
O tema deste domingo é, evidentemente, o Espírito Santo. Dom de Deus a todos os crentes, o Espírito dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.
O Evangelho apresenta-nos a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito. É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.
Na primeira leitura, Lucas sugere que o Espírito é a lei nova que orienta a caminhada dos crentes. É Ele que cria a nova comunidade do Povo de Deus, que faz com que os homens sejam capazes de ultrapassar as suas diferenças e comunicar, que une numa mesma comunidade de amor, povos de todas as raças e culturas.
Na segunda leitura, Paulo avisa que o Espírito é a fonte de onde brota a vida da comunidade cristã. É Ele que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros; por isso, esses dons não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.


LEITURA I – Act 2,1-11

Leitura dos Actos dos Apóstolos

Quando chegou o dia de Pentecostes,
os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu,
um rumor semelhante a forte rajada de vento,
que encheu toda a casa onde se encontravam.
Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo,
que se iam dividindo,
e poisou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e começaram a falar outras línguas,
conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
Residiam em Jerusalém judeus piedosos,
procedentes de todas as nações que há debaixo do céu.
Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se
e ficou muito admirada,
pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua.
Atónitos e maravilhados, diziam:
«Não são todos galileus os que estão a falar?
Então, como é que os ouve cada um de nós
falar na sua própria língua?
Partos, medos, elamitas,
habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia,
do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília,
do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene,
colonos de Roma, tanto judeus como prosélitos,
cretenses e árabes,
ouvimo-los proclamar nas nossas línguas
as maravilhas de Deus».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 103 (104)

Refrão 1: Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e renovai a face da terra.

Refrão 2: Mandai, Senhor, o vosso Espírito, e renovai a terra.

Refrão 3: Aleluia.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas.

Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra.

Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto
e eu terei alegria no Senhor.


LEITURA II – 1 Cor 12,3b-7.12-13

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Ninguém pode dizer: «Jesus é o Senhor»,
a não ser pela acção do Espírito Santo.
De facto, há diversidade de dons espirituais,
mas o Espírito é o mesmo.
Há diversidade de ministérios,
mas o Senhor é o mesmo.
Há diversas operações,
mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Em cada um se manifestam os dons do Espírito
para o bem comum.
Assim como o corpo é um só e tem muitos membros,
e todos os membros, apesar de numerosos,
constituem um só corpo,
assim também sucede com Cristo.
Na verdade, todos nós
– judeus e gregos, escravos e homens livres –
fomos baptizados num só Espírito,
para constituirmos um só Corpo.
E a todos nos foi dado a beber um único Espírito.

(Em vez desta leitura, pode escolher-se a leitura seguinte: Gal 5,16-15)


SEQUÊNCIA DO PENTECOSTES

Vinde, ó santo Espírito,
vinde, Amor ardente,
acendei na terra
vossa luz fulgente.

Vinde, Pai dos pobres:
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo
em todo o momento,
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no Céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma
do que em Vós confia:

Virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.


ALELUIA

Aleluia. Aleluia.

Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor.



EVANGELHO – Jo 20,19-23

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam,
com medo dos judeus,
veio Jesus, colocou Se no meio deles e disse lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse lhes de novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse lhes:
«Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser lhes ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».

Bodas de Esmeralda e de Prata Matrimoniais na Paróquia de Cristo Rei da Vergada.
Outros Eventos e Celebrações !!
As Paróquias e Diocese do Porto na continuidade da “Missão  2010” 
celebram de um modo mais vincado a dupla Temática: Família e Juventude.
Isto é,  entre tantos Sectores da Pastoral 
e Actualização do Concílio Vaticano II
de que está á porta 
a Comemoração dos seus 50 anos,
urge cumprir as respectivas conclusões,
a pastoral
e a doutrina.
Em os 50 anos do Concílio Vaticano II
tem lugar o “Ano da Fé” 
a iniciar em Outubro de 2012 
até  Novembro de 2013.
Será uma oportunidade excelente reactualizar o mesmo Concílio Vaticano II.
Dentro da temática Familia
e Juventude é papel das Comunidades colocar em lugar de destaque as Famílias Cristãs,
em Matrimónio Cristão
e  a Juventude adveniente e proveniente dessas Familias
em que se  patenteiam o esforço de ser exemplo,  
participação comunitária,
celebrativa,
empenho social
e humano nas Comunidades Eclesiais a que pertencem.
Assim é de referir iniciativas, celebrações e comemorações a nível da Comunidadade Paroquial da Paróquia de Cristo Rei da Vergada
que neste ano de 2012  comemoram os seus 40 anos ( Bodas de Esmeralda),
(Bodas de Esmeralda de instituição  documental com a Provisão Diocesana
de 7 de agosto de 1972
e início efectivo em 15 de agosto do mesmo ano de 1972 da Paróquia de Cristo Rei da Vergada.
Dentro do âmbito acimo mencionado
Patenteiam-se casais que celebram as suas Bodas Matrimoniais
de Prata (25 Anos de Matrimónio),
de Esmeralda ( 40 Anos de Matrimónio)
e outras.
A 21 de Maio celebraram as suas Bodas  de Esmeralda
na Igreja Matriz da Paróquia de Cristo Rei da Vergada
pelas 19.30 horas
( 40 Anos de Matrimónio)
os dois casais:
o Sr. Manuel Alves Ribeiro e D. Maria Adelaide Oliveira Guedes
(casados há quarenta anos na Paróquia do Olival)
e Sr. Elísio Ferreira Pinto Regal e D. Maria da Conceição Torres de Sousa
(casados há quarenta anos na Paróquia de Mozelos)
Coincidentemente na mesma data o PárocoLocal também celebrava as suas Bodas de Esmeralda Sacerdotais ( 40 anos)  de Missa Nova na sua Terra Natal – Rebordosa Paredes.
E na data de 16 de Maio ( 25 anos de Matrimónio  - Bodas de Prata)  
Do Sr. Ângelo Joaquim Alves de Oliveira e D. Edite Maria da Silva Nogueira.
E na data de 09 de Maio ( 25 anos de Matrimónio  - Bodas de Prata)
Do Sr. Joaquim Matias Prêda
e D. Maria do Rosário Jesus  Gonçalves  Estrada Prêda.
Destes dois últimos casais foi ministro do Sacramento e Reverendo Padre Antero Reis de saudosa memória.
Também no Sábado passado dia 18 de Maio
frizeram a sua Festa do Compromisso 11 jovenzinhos (as)
da Caminhada do 9º ano em testemunho exemplar perante as famílias
e a Comunidade, os (as) quais têm estado em visita aos doentes, 
idosos (as) 
e mais isolados (as) da Localidade .
Um excelente trabalho,
serviço
e acção pastoral socio-caritativa.
 

sábado, 19 de maio de 2012


MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 46º DIA MUNDIAL
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
  
«Silêncio e palavra: caminho de evangelização»
[Domingo, 20 de Maio de 2012]

Amados irmãos e irmãs,
Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).
Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem actual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.
Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.
Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.
Vaticano, 24 de Janeiro – dia de São Francisco de Sales – de 2012.
                                    BENEDICTUS PP. XVI
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