quinta-feira, 30 de abril de 2009

Domingo do Bom Pastor


ANO B
4º DOMINGO DA PÁSCOA
3 de Maio de 2009


Tema do 4º Domingo da Páscoa

O 4º Domingo da Páscoa é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe, hoje, à nossa reflexão.

O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor modelo”, que ama de forma gratuita e desinteressada as suas ovelhas, até ser capaz de dar a vida por elas. As ovelhas sabem que podem confiar n’Ele de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho. O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para “escutar” as propostas que Ele faz e segui-l’O no caminho do amor e da entrega.

A primeira leitura afirma que Jesus é o único Salvador, já que “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (neste “Domingo do Bom Pastor” dizer que Jesus é o “único salvador” equivale a dizer que Ele é o único pastor que nos conduz em direcção à vida verdadeira). Lucas avisa-nos para não nos deixarmos iludir por outras figuras, por outros caminhos, por outras sugestões que nos apresentam propostas falsas de salvação.

Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de João convida-nos a contemplar o amor de Deus pelo homem. É porque nos ama com um “amor admirável” que Deus está apostado em levar-nos a superar a nossa condição de debilidade e de fragilidade. O objectivo de Deus é integrar-nos na sua família e tornar-nos “semelhantes” a Ele.


LEITURA I – Act 4,8-12

Leitura dos Actos dos Apóstolos

Naqueles dias,
Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes:
«Chefes do povo e anciãos,
já que hoje somos interrogados
sobre um benefício feito a um enfermo
e o modo como ele foi curado,
ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel:
É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos,
é por Ele que este homem
se encontra perfeitamente curado na vossa presença.
Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes
e que veio a tornar-se pedra angular.
E em nenhum outro há salvação,
pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens,
pelo qual possamos ser salvos».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)

Refrão 1: A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.

Refrão 2: Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos poderosos.

Eu Vos darei graças porque me ouvistes
e fostes o meu Salvador.
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
Vós sois o meu Deus: eu Vos darei graças.
Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.


LEITURA II – 1 Jo 3,1-2

Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamarmos filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece,
é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus,
porque O veremos tal como Ele é.


ALELUIA – Jo 10,14

Aleluia. Aleluia.

Eu sou o bom pastor, diz o Senhor:
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me.


EVANGELHO – Jo 10,11-18

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus.
«Eu sou o Bom Pastor.
O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.
O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas,
logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge,
enquanto o lobo as arrebata e dispersa.
O mercenário não se preocupa com as ovelhas.
Eu sou o Bom Pastor:
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me,
do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai;
Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil
e preciso de as reunir;
elas ouvirão a minha voz
e haverá um só rebanho e um só Pastor.
Por isso o Pai Me ama:
porque dou a minha vida, para poder retomá-la.
Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente.
Tenho o poder de a dar e de a retomar:
foi este o mandamento que recebi de meu Pai».

terça-feira, 28 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

Olá professores!!!

Olá professores!!!

sábado, 18 de abril de 2009

Festa da Palavra


Festa da Palavra
Paróquia de Cristo Rei da Vergada

Parabéns e Muita Fé e Perseverança!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ele há cada uma



2º DOMINGO DA PÁSCOA

2º DOMINGO DA PÁSCOA19 de Abril de 2009Tema do 2º Domingo da Páscoa

A liturgia deste domingo apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.Na primeira leitura temos, numa das “fotografia” que Lucas apresenta da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade formada por pessoas diversas, mas que vivem a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom e que, dessa forma, testemunha Jesus ressuscitado.
No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã os critérios que definem a vida cristã autêntica: o verdadeiro crente é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai faz aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.LEITURA – Act 4,32-35Leitura dos Actos dos ApóstolosA multidão dos que haviam abraçado a fétinha um só coração e uma só alma;ninguém chamava seu ao que lhe pertencia,mas tudo entre eles era comum.Os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesuscom grande podere gozavam todos de grande simpatia.Não havia entre eles qualquer necessitado,porque todos os que possuíam terras ou casasvendiam-nas e traziam o produto das vendas,que depunham aos pés dos Apóstolos.Distribuía-se então a cada um conforme a sua necessidade.SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)Refrão 1: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,porque é eterna a sua misericórdia.Refrão 2: Aclamai o senhor, porque Ele é bom:o seu amor é para sempre.Refrão 3: Aleluia.Diga a casa de Israel:é eterna a sua misericórdia.Diga a casa de Aarão:é eterna a sua misericórdia.Digam os que temem o Senhor:é eterna a sua misericórdia.A mão do Senhor fez prodígios,A mão do Senhor foi magnífica.Não morrerei, mas hei-de viver,para anunciar as obras do Senhor.Com dureza me castigou o Senhor,mas não me deixou morrer.A pedra que os construtores rejeitaramtornou-se pedra angular.Tudo isto veio do Senhor:é admirável aos nossos olhos.Este é o dia que o Senhor fez:exultemos e cantemos de alegria.LEITURA II – 1 Jo 5,1-6Leitura da Primeira Epístola de São JoãoCaríssimos:Quem acredita que Jesus é o Messias,nasceu de Deus,e quem ama Aquele que gerouama também Aquele que nasceu d’Ele.Nós sabemos que amamos os filhos de Deusquando amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos,porque o amor de Deusconsiste em guardar os seus mandamentos.E os seus mandamentos não são pesados,porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo.Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.Quem é o vencedor do mundosenão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus?Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo;não só com a água, mas com a água e o sangue.É o Espírito que dá testemunho,porque o Espírito é a verdade.ALELUIA – Jo 20,29Aleluia. Aleluia.Disse o Senhor a Tomé:«Porque Me viste, acreditaste;felizes os que acreditam sem terem visto».EVANGELHO – Jo 20,19-31Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoNa tarde daquele dia, o primeiro da semana,estando fechadas as portas da casaonde os discípulos se encontravam,com medo dos judeus,veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:«A paz esteja convosco».Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado.Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.Jesus disse-lhes de novo:«A paz esteja convosco.Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:«Recebei o Espírito Santo:àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados;e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,não estava com eles quando veio Jesus.Disseram-lhe os outros discípulos:«Vimos o Senhor».Mas ele respondeu-lhes:«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,não acreditarei».Oito dias depois,estavam os discípulos outra vez em casa,e Tomé com eles.Veio Jesus, estando as portas fechadas,apresentou-Se no meio deles e disse:«A paz esteja convosco».Depois disse a Tomé:«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;e não sejas incrédulo, mas crente».Tomé respondeu-Lhe:«Meu Senhor e meu Deus!»Disse-lhe Jesus:«Porque Me viste acreditaste:felizes os que acreditam sem terem visto».Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos,que não estão escritos neste livro.Estes, porém, foram escritospara acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus,e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

sábado, 11 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Homilia do Sr Bispo D. Manuel Clemente





Homilia do Sr Bispo D. Manuel Clemente
Na Eucaristia Crismal - Sé do Porto - 10.00 horas dia 9 de Abril.


Homilia do Bispo do Porto na Missa Crismal

É da missão que falaremos…


Homilia do Bispo do Porto
Pela terceira vez celebramos a Páscoa juntos e sempre mais profundamente no mistério pascal de Cristo, pois só assim têm fruto e consequência os anos que somamos, os sacramentos e a vida. Concretamente, o ministério ordenado, que nesta Missa tanto agradecemos.
Retomando o Evangelho e o cumprimento em Cristo das antigas profecias messiânicas, oiçamos a conclusão, para partirmos precisamente dela: “Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: ‘Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir’”.
Amados irmãos e irmãs e em particular caríssimos irmãos sacerdotes, prestes a renovar as vossas promessas no único fundamento delas, que é o sacerdócio ministerial de Jesus Cristo, para que todo o Povo de Deus possa oferecer-se ao Pai em sacerdócio universal; aqui, na nossa catedral portucalense, nesta reunião maior do presbitério, com tão expressiva participação de consagrados e féis leigos, que a todos saúdo com muita fraternidade e apreço; agora, quando todos nos preparamos, rezando mais e precisando-a melhor, para a missão diocesana de 2010:
- É da missão que falaremos, no continuado realismo de dois milénios que ainda começam, de novo repetindo: “Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”. É da missão que falaremos, por três alíneas: 1ª) Pela urgência pastoral. 2ª) Pela necessidade teológica. 3ª) Pela conveniência eclesial.
Devemos, antes de mais, agradecer a Deus tudo quanto a sua graça realiza nesta magnífica porção do seu povo, em tanta dedicação que o Espírito gera para a vida da Igreja e a presença cristã no mundo:
– Tantos pais e mães, tantos avós e outros parentes, que preenchem o respectivo ambiente familiar com valores evangélicos, de mútua aceitação e apoio!
– Tantos profissionais que promovem nos vários meios de trabalho a dignidade de quantos os integram!
– Tantas associações de fiéis que persistem, abnegada e criativamente, no serviço a Deus e ao próximo!
– Tantos milhares de fiéis que colaboram habitualmente na catequese, na liturgia e na acção caritativa das suas comunidades, tão exigida esta pela crise sócio-laboral que nos toca!
-Tantos consagrados/as que continuam a ser esplêndidos sinais e convites para a radicalidade dos conselhos evangélicos!
-E tantos os ministros ordenados, seculares e religiosos, que servem o Povo de Deus na Diocese do Porto, com uma dedicação que chega a ultrapassar o expectável e exigível, mas assim mesmo revela o seu carácter sobrenatural e gratuito!
É esta mesma dedicação que nos aumenta a urgência pastoral.
No último recenseamento tínhamos uma prática dominical rondando os 20%, não garantida agora.
Mas em muitas paróquias denota-se a diminuição da vida sacramental, particularmente
nos Baptismos e Matrimónios, quer por decréscimo da natalidade
quer por debilidade das convicções.
Nestes dois casos se divisa a problemática específica da nossa tradição cristã, que ou nem sempre passa para as novas gerações, ou não se concretiza em vínculos comunitários propriamente eclesiais.
Durante muito tempo, em ambiente sócio - cultural que o proporcionava, a religiosidade popular ancestral coincidia com a proposta oficial, sendo esta oficialidade tão confessional como cívica:
o reconhecimento social fazia-se pelo Baptismo,
a família constituía-se pelo Matrimónio,
as exéquias mantinham o defunto no âmbito eclesial.
Para mais, escola, profissão ou saúde, tudo conservava, em muitos lugares, o mesmo espírito e simbólica.
Assim se formalizava catolicamente todo o curso da existência pessoal, familiar e social, mesmo quando as convicções e as práticas nem sempre fossem realmente preenchidas pelo credo e as virtudes evangélicas.
Porém, de há dois séculos para cá, em termos de movimento geral dos espíritos e das práticas, as coisas foram mudando, vivendo nós hoje num ambiente em que prevalece a preferência individual e até a desconfiança em relação ao que seja herança cultural, institucionalmente sustentada.
Desta breve constatação passamos à grande dificuldade em compatibilizar a religiosidade espontânea,
por vezes reduzida à subjectividade e pouco
ou nada catequizada, com a proposta católica propriamente dita
e as exigências que coloca em termos de fé e inclusão comunitária.
Não admira, especificando mais, que algumas das situações pastorais mais complexas apareçam nesta fronteira difícil,
envolvendo, por exemplo, pedidos de sacramentos sem iniciação cristã
nem comunhão eclesial,
exigências de apadrinhamentos que não podem apoiar objectivamente a fé dos afilhados,
algumas festas ditas populares em que a referência aos Padroeiros é pretextual e ambígua, etc.
Em todos estes campos, tão irrecusáveis como a própria realidade, a verdade cristã original – essa mesma que ouvimos enunciada na sinagoga de Nazaré – tem de ser retomada, “com novo ardor, novos métodos e novas expressões”, para que o Evangelho se continue a cumprir “hoje mesmo”. Tomemos as actuais dificuldades e urgências como outras tantas oportunidades de evolução pastoral positiva, com paciente pedagogia e lucidez criativa. Seja como for, não avançaremos sem o povo, que aliás integramos; mas com ele, em conversão colectiva, a partir certamente de alguns, que sejam como “fermento na massa”. Nunca foi nem será doutro modo.
Isto mesmo nos leva à teologia, na sua acepção teórico-prática. Sem desenvolvimentos que não caberiam aqui, fixemo-nos muito brevemente em dois pontos essenciais da revelação cristã, que requerem aplicação constante no que fizermos. São eles a Trindade Divina e a Incarnação do Verbo. Na sinagoga de Nazaré, como ouvimos, era o Filho humanado que inaugurava o Reino de Deus, com a unção do Espírito. Isto é também a Igreja – a nossa Igreja diocesana – em constante “cumprimento”.
Cremos que Deus é uno e trino, uma só vida compartilhada pelo Pai e o Filho no amor do Espírito. Daqui retiramos que toda a aprendizagem cristã, para assim se chamar, tem de ter um intrínseco cariz comunitário. Deus salva-nos em Cristo, apreendido na Igreja, que o Espírito preenche e anima.
O problema e o desafio estão precisamente aqui, na prática actual desta teologia. Algo de estranho acontece, a saber, que seja hoje mesmo, quando a doutrina mais acentua o lugar fundamental da Trindade Divina em tudo o que se queira cristão, que a sociologia mais precipitada e desconexa, movimentando continuamente pessoas e grupos, tão geográfica como mediaticamente, torne assim complexa e desapoiada a (re)construção da comunidade cristã, base indispensável de acesso à comunidade divina. Tarefa realmente desapoiada e complexa, tanto como prioritária e urgente.
Entretanto, estejamos abertos e atentos a tudo quanto vai surgindo e crescendo, em termos de movimentos e grupos, em termos de trabalho interparoquial e vicarial, em termos de ligação próxima ou longínqua pela comunicação social e os seus novos instrumentos mediáticos, em termos de entreajuda de seculares e religiosos, de missionários ad gentes ou de nova evangelização local… Pressinto que passará por aqui a reconfiguração comunitária do século XXI. Como creio que a Missão diocesana de 2010 será excelente ocasião para avançarmos nesse sentido.
Em registo teológico ainda, sabemos como a revelação divina acontece em Cristo, Filho de Deus incarnado, que assim manifesta também toda a disponibilidade humana para a obra do Espírito, proclamada esta na sinagoga de Nazaré. Daqui que devamos olhar a criação e os seus dinamismos como propedêutica da nova criação que acontece em Cristo e a partir de Cristo.
Quero com isto dizer que, nos seus contactos “pastorais” - que definem agora a pastoral da Igreja – Cristo nunca negou tais dinamismos criaturais, mas tudo converteu e elevou, contrariando os egoísmos impeditivos da realização das pessoas e do mundo. Não negou a família, antes a assumiu, na Sagrada Família de Nazaré, onde não lhe faltaram Mãe, Pai adoptivo e parentes; mas alargou-a à grande família dos filhos de Deus, que cumprem a vontade do Pai. Ouvimo-lo hoje em Nazaré onde se criara, como o veremos depois a chorar sobre Jerusalém, porque a amava tanto; mas estendeu ao mundo inteiro as promessas do antigo Israel… Em Cristo, a criação reencontra o princípio, como iniciativa divina retomada; e descobre o seu fim, que é Deus ser tudo em todos, como já o é o Pai no Filho, e pelo Filho em nós, tomados pelo Espírito, tão inclusivo como expansivo.
Geralmente, procuravam Cristo por necessidades imediatas, de vida ou saúde, próprias ou dos seus. Por vezes, com interrogações religiosas e questões de sentido. Mas o que os Evangelhos transmitem das respostas de Cristo ensina-nos duas coisas – entre muitas mais - que devemos ter presentes numa Igreja de “incarnação” e missão, isto é, que prolongue o que ouvimos na sinagoga de Nazaré: o acolhimento de todos, particularmente dos pobres e simples, com a fé e a expectativa que tragam; e a abertura dessa expectativa e das motivações imediatas – por vezes inaceitáveis – com que se abeirem de nós ao horizonte largo do Reino e do significado real das vidas. Clareza, paciência e persistência catequética, como Cristo as teve, mesmo com os seus apóstolos e discípulos, que aliás tinham toda a obrigação de aprender mais depressa do que geralmente o fizeram…
Nas circunstâncias actuais, em que somos poucos padres e diáconos, temos de reforçar a corresponsabilidade geral dos fiéis, para todos juntos garantirmos tal atitude acolhedora e conversora, local a local. Não nos faltam sinais de esperança quanto ao ministério ordenado: temos mais alguns candidatos ao sacerdócio, em três seminários diocesanos e no pré-seminário, e a oração pelas vocações sacerdotais eleva-se mais contínua por toda a Diocese; temos dezenas de candidatos ao diaconado permanente, com provas já dadas nas paróquias a que pertencem; temos a generosa colaboração dos religiosos e religiosas presentes na Diocese…
A falta de clero, que se deverá agravar nos anos mais próximos, será ultrapassada a médio prazo, se continuarmos a rezar e a trabalhar nesse sentido. Trabalho que deve passar muito principalmente pela atenção dos párocos e catequistas aos sinais de vocação sacerdotal e religiosa que o Espírito despertar nas comunidades e famílias. Mas, com tudo isto, a oferta pastoral passará cada vez mais pela comunidade cristã no seu conjunto – clero, consagrados e leigos – quer quanto à iniciação cristã, quer quanto à pastoral familiar, quer no âmbito sócio-caritativo. Até para que, no futuro, os padres possam definir-se mais no seu perfil essencial, em torno da pregação, da Eucaristia, da Reconciliação e do acompanhamento espiritual: tudo o mais deverão fazer com os outros cristãos e cristãs, na comunidade e especialmente na sociedade e na cultura.
A conveniência eclesial, por fim, é o que nos lança directamente na Missão diocesana de 2010. Dentro de dois meses será apresentado o plano geral do que nos propomos, para todo o curso dela. Basicamente, tentaremos que todas as comunidades da Diocese do Porto (paróquias, institutos religiosos e seculares, movimentos e associações) se projectem quanto possam no anúncio evangélico aos diferentes meios, territoriais e outros, com criatividade e entusiasmo acrescidos. Os Secretariados Diocesanos têm trabalhado nos tópicos sucessivos que a Missão há-de ter, de acordo com as aberturas sócio-culturais da população residente, bem como na preparação de algumas acções de maior fôlego. De tudo se dará conta brevemente, sobretudo para que as comunidades cristãs criem e organizem a partir daí as suas próprias iniciativas evangelizadoras, concretizando localmente os mesmos tópicos gerais.
A Igreja existe para evangelizar, traduzindo em cada tempo e circunstância o discurso de Cristo na sinagoga de Nazaré. E convém-lhe muito que evangelize, não só para servir o mundo, mas até para de algum modo se legitimar e garantir. Como acima disse, as actuais dificuldades são outras tantas oportunidades, a fim de nos renovarmos na corresponsabilidade para a missão. Aí e mais à frente nos reencontraremos.
Logo à tarde, nas comunidades que servis, caríssimos padres, iniciareis o sagrado Tríduo que, com todos os fiéis, vos confirmará na Páscoa de Cristo. Peço a Deus a graça, por intercessão maior de Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da Diocese, do progresso grande nos sentimentos de Cristo: assim seremos Igreja em missão, crescendo como as sementes, quando se deixam lançar à terra.
Sé do Porto, 9 de Abril de 2009
+ Manuel Clemente

Do que se diz e pensa!
“Se Puderem…Não será preciso grande esforço para fazer subir à pele da memória as guerras intestinas na Federação Jugoslava no início dos anos 90 (do século passado) que levaram à secessão das repúblicas balcânicas, constituindo-se em países independentes.Foram particularmente ferozes as primeiras secessões, da Bósnia e da Croácia (para além da Eslovénia, cuja separação foi aceite pacificamente) e ficaram na mente os massacres levados a cabo de parte a parte, fuzilamentos em massa e acomodação de cadáveres aos milhares em valas comuns, umas à vista e outrasabertas em lugares esconsos para só mais tarde serem descobertas. Ou nunca.Mas uma das mais repugnantes sevícias praticadas ao tempo e naquelas paragens foi a violação de milhares de mulheres, muitas das quais acabaram por engravidar. Muitas eram cristãs e muitas outras eram muçulmanas. Logo foi colocado o problema de cariz ético/religioso. Seria legítimo, estou a pensar nas cristãs, por não saber o que fala o Corão quanto a isto, abortar? Houve discussão e foi o problema discutido ao mais alto nível pela Igreja Católica e, recordo, o Papa de então, João Paulo II teve a expressão mais comovente que imaginar-se pode. Disse ele em mensagens às mulheres violadas e engravidadas: Se puderem, conservem e tragam à vida esses filhos. Sem lançar uma palavrade recriminação para as que não pudessem. Se outras coisas não o definissem como uma Papa Bom, esta atitude de apelo e de compreensão atribuiu-lhe uma boa aura.Ocorreu-me este episódio depois de ler, ver e ouvir o miserável caso de uma menina brasileira de 9 anos (nove anos de idade) que, tendo sido violada pelo seu próprio pai, ficou grávida de gémeos. Porque seria um escândalo ético e ainda porque a vida da menina estava em risco, os médicos entenderam, e a sociedade avalizou, que se deveria libertar a criança daquele pesadelo e deliberaram interromper a gravidez. O que foi considerado normal e justo em todo o mundo.O Arcebispo de Olinda e Recife, um tal D. José Cardoso Sobrinho, produziu declarações medievas e, calculem lá, excomungou os médicos e todos quantos estiveram envolvidos no processo (terá até excomungado o edifício onde foi feita a intervenção, quem saberá?). Só não condenou à eterna separação da Igreja o violador. Não se sabe se lhe mandou a bênção apostólica. Tenho para mim que o antecessor arcebispo de Olinda, D. Hélder da Câmara de seu nome, deve ter dado algumas cambalhotas na tumba.A culminar esta incompreensível posição, a Santa Sé deu cobertura àquele purpurado e ratificou as excomunhões. O que faz pensar sobre a lentidão com que a Igreja Católica se faz alinhar com o tempo.É um tema que mereceria um forte debate pela generalidade da sociedade e onde se fizessem ouvir crentes, não crentes, cépticos e assim assim. O que se pensa desta matéria? O que faria cada um de nós em circunstâncias idênticas?Para desanuviar. Diz-se que em certo tempo e em freguesia não longe, um cristão terá entrado em grossa polémica com o abade, chegando-se a violentos insultos e quiçá a vias de facto. O abade não esteve com mais aquelas e excomungou-o. O homem não se terá dado por muito achado e, tendo-lhe surgido a oportunidade, emigrou para o Brasil, onde a vida lhe correu muito bem e, ao cabo de alguns anos, era senhor de grossos cabedais. A mulher, na correspondência normal, mandou-lhe dizer que o abade andava a fazer um peditório para fazer grandes restauros na igreja matriz. O excomungado, mesmo sendo-o, ordenou à mulher que desse ao abade dinheiro bastante para todo o restauro. O que ela fez. Não muito tempo depois, veio o brasileiro à sua terra e o abade tomou a iniciativa de se lhe dirigir a agradecer a generosa oferta e dizer que estava na altura de lhe levantar a excomunhão. Retorque logo o brasuca: Isso é que não! Nem pensar! O senhor excomungue-me é também a mulher, porque se a vida me havia de correr bem, foi depois da excomunhão. Acho que será isso que deverão dizer os médicos brasileiros ao tal arcebispo e já agora também ao Papa.”Do Terras da FeiraComentário:Discordo do duplo abortoDiscordo do aborto legalDiscordo dos Médicos traidores de HipócratesQue em vez de fomentar vidafomentam a morte pelo aborto que dizem legal = licença para matar!Excomungar a maralha também não tem sentido!E que até de fé e Igreja nada entendem!O “estrupador” é criminoso,violador,indigno,prevertido,bossalmas no meio de todosterá sido o que mais esteve pela vida!


terça-feira, 7 de abril de 2009

Do que se diz e pensa!

“Se Puderem…
Não será preciso grande esforço para fazer subir à pele da memória as guerras intestinas na Federação Jugoslava no início dos anos 90 (do século passado) que levaram à secessão das repúblicas balcânicas, constituindo-se em países independentes.
Foram particularmente ferozes as primeiras secessões, da Bósnia e da Croácia (para além da Eslovénia, cuja separação foi aceite pacificamente) e ficaram na mente os massacres levados a cabo de parte a parte, fuzilamentos em massa e acomodação de cadáveres aos milhares em valas comuns, umas à vista e outras
abertas em lugares esconsos para só mais tarde serem descobertas. Ou nunca.
Mas uma das mais repugnantes sevícias praticadas ao tempo e naquelas paragens foi a violação de milhares de mulheres, muitas das quais acabaram por engravidar. Muitas eram cristãs e muitas outras eram muçulmanas. Logo foi colocado o problema de cariz ético/religioso. Seria legítimo, estou a pensar nas cristãs, por não saber o que fala o Corão quanto a isto, abortar? Houve discussão e foi o problema discutido ao mais alto nível pela Igreja Católica e, recordo, o Papa de então, João Paulo II teve a expressão mais comovente que imaginar-se pode. Disse ele em mensagens às mulheres violadas e engravidadas: Se puderem, conservem e tragam à vida esses filhos. Sem lançar uma palavra
de recriminação para as que não pudessem. Se outras coisas não o definissem como uma Papa Bom, esta atitude de apelo e de compreensão atribuiu-lhe uma boa aura.
Ocorreu-me este episódio depois de ler, ver e ouvir o miserável caso de uma menina brasileira de 9 anos (nove anos de idade) que, tendo sido violada pelo seu próprio pai, ficou grávida de gémeos. Porque seria um escândalo ético e ainda porque a vida da menina estava em risco, os médicos entenderam, e a sociedade avalizou, que se deveria libertar a criança daquele pesadelo e deliberaram interromper a gravidez. O que foi considerado normal e justo em todo o mundo.
O Arcebispo de Olinda e Recife, um tal D. José Cardoso Sobrinho, produziu declarações medievas e, calculem lá, excomungou os médicos e todos quantos estiveram envolvidos no processo (terá até excomungado o edifício onde foi feita a intervenção, quem saberá?). Só não condenou à eterna separação da Igreja o violador. Não se sabe se lhe mandou a bênção apostólica. Tenho para mim que o antecessor arcebispo de Olinda, D. Hélder da Câmara de seu nome, deve ter dado algumas cambalhotas na tumba.
A culminar esta incompreensível posição, a Santa Sé deu cobertura àquele purpurado e ratificou as excomunhões. O que faz pensar sobre a lentidão com que a Igreja Católica se faz alinhar com o tempo.
É um tema que mereceria um forte debate pela generalidade da sociedade e onde se fizessem ouvir crentes, não crentes, cépticos e assim assim. O que se pensa desta matéria? O que faria cada um de nós em circunstâncias idênticas?
Para desanuviar. Diz-se que em certo tempo e em freguesia não longe, um cristão terá entrado em grossa polémica com o abade, chegando-se a violentos insultos e quiçá a vias de facto. O abade não esteve com mais aquelas e excomungou-o. O homem não se terá dado por muito achado e, tendo-lhe surgido a oportunidade, emigrou para o Brasil, onde a vida lhe correu muito bem e, ao cabo de alguns anos, era senhor de grossos cabedais. A mulher, na correspondência normal, mandou-lhe dizer que o abade andava a fazer um peditório para fazer grandes restauros na igreja matriz. O excomungado, mesmo sendo-o, ordenou à mulher que desse ao abade dinheiro bastante para todo o restauro. O que ela fez. Não muito tempo depois, veio o brasileiro à sua terra e o abade tomou a iniciativa de se lhe dirigir a agradecer a generosa oferta e dizer que estava na altura de lhe levantar a excomunhão. Retorque logo o brasuca: Isso é que não! Nem pensar! O senhor excomungue-me é também a mulher, porque se a vida me havia de correr bem, foi depois da excomunhão. Acho que será isso que deverão dizer os médicos brasileiros ao tal arcebispo e já agora também ao Papa.”
Do Terras da Feira

Comentário:
Discordo do duplo aborto
Discordo do aborto legal
Discordo dos Médicos traidores de Hipócrates
Que em vez de fomentar vida
fomentam a morte pelo aborto que dizem legal = licença para matar!
Excomungar a maralha também não tem sentido!
E que até de fé e Igreja nada entendem!
O “estrupador” é criminoso,
violador,
indigno,
prevertido,
bossal
mas no meio de todos
terá sido o que mais esteve pela vida!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Será mesmo assim?

domingo, 5 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Domingo de Ramos



ANO B
DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR
5 de Abril de 2009
«Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de nosso Pai David».
Aclamamos Cristo, entre palmas, palmas de aplauso que rapidamente se convertem em palmas de martírio.
Aclamamos Jesus, como Aquele que vem em nome do Senhor, como aquele que é realmente o Enviado do Pai.
Montado num jumentinho, Ele é o Messias prometido, o descendente de David, o Ungido do Espírito.
Ele entra em Jerusalém. É para Jesus, uma passagem obrigatória. Primeiro pela passadeira vermelha, do aplauso e da alegria. Depois, pela via da Cruz e da morte.
Vamos acompanhar Jesus nesta sua «passagem obrigatória». «Passagem obrigatória», também para nós, que estamos dispostos a segui-lO até à morte e morte de Cruz.
Caminhemos em procissão. De palmas na mão. Para aclamar Jesus Cristo, nosso Rei, nosso Redentor e nosso Irmão.
Do blog: paroquiasarouca.blogspot.com


Tema do Domingo de Ramos

A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos.

A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.


LEITURA I – Is 50,4-7

Leitura do Livro de Isaías

O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo,
para que eu saiba dizer uma palavra de alento
aos que andam abatidos.
Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos,
para eu escutar, como escutam os discípulos.
O Senhor Deus abriu-me os ouvidos
e eu não resisti nem recuei um passo.
Apresentei as costas àqueles que me batiam
e a face aos que me arrancavam a barba;
não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.
Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio,
e, por isso, não fiquei envergonhado;
tornei o meu rosto duro como pedra,
e sei que não ficarei desiludido.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 21 (22)

Refrão: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?

Todos os que me vêem escarnecem de mim,
estendem os meus lábios e meneiam a cabeça:
«Confiou no Senhor, Ele que o livre,
Ele que o salve, se é meu amigo».

Matilhas de cães me rodearam,
cercou-me um bando de malfeitores.
Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,
posso contar todos os meus ossos.

Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica.
Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,
sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me.

Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,
hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.
Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,
glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,
reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.


LEITURA II – Filip 2,6-11

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Cristo Jesus, que era de condição divina,
não Se valeu da sua igualdade com Deus,
mas aniquilou-Se a Si próprio.
Assumindo a condição de servo,
tornou-Se semelhante aos homens.
Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais,
obedecendo até à morte e morte de cruz.
Por isso Deus O exaltou
e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes,
para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem
no céu, na terra e nos abismos,
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor,
para glória de Deus Pai.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO – Filip 2,8-9

(escolher um dos 7 refrães)

1. Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor.
2. Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai.
3. Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai.
4. Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo.
5. Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória.
6. Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor.
7. A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz.
Por isso Deus O exaltou
e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes.


EVANGELHO – Mc 14,1 - 15,47

Evangelho da Paixão segundo São Marcos

Contributo Penitencial

O Contributo Penitencial desta Quaresma 2009
Reverte em favor
DO FUNDO DIOCESAN SOCIAL
(em combinação com a Caritas Diocesana, Vicentinos, etc)
Para auxílio de necessidades urgentes
de desempregados,
marginalizados,
crianças desamparadas,
violência doméstica e outras!

O JEJUM E A ABSTINÊNCIA

Foi Julho de 1984 a Conferência Episcopal, de acordo com o Código de Direito Canónico (can. 1253), estabelecia as seguintes normas para o jejum e a abstinência nas Dioceses portuguesas:

Os tempos penitenciais

1. Na pedagogia da Igreja, há tempos em que os cristãos são especialmente convidados à prática da penitência:
a Quaresma
e todas as sextas-feiras do ano,
A penitência é uma expressão muito significativa da união dos cristãos ao mistério da Cruz de Cristo.
Por isso, a Quaresma, enquanto primeiro tempo da celebração anual da Páscoa,
e a sexta-feira, enquanto dia da norte do Senhor, sugerem naturalmente prática da penitência.

Jejum e abstinência

2. O jejum (literalmente significa não comer mesmo nada, beber somente água!) é uma forma de penitência que consiste na privação de alimentos.
Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitando a alimentação diária a uma refeição,
embora não se excluísse que se pudesse tomar alimentos ligeiros ás horas das outras refeições.
Ainda que convenha manter-se esta forma tradicional de jejuar contudo os fiéis poderão cumprir o preceito do jejum
privando-se de uma quantidade
ou qualidade de alimentos
ou bebidas que constituam verdadeira privação ou penitência

3. A abstinência, por sua vez, consiste na escolha de urna alimentação simples e pobre.
A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja
era a abstenção de carne.
Será muito aconselhável manter esta forma de abstinência, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma ( e também do Advento). Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas,
sobretudo mais requintados
e dispendiosos
ou da especial preferência de cada um.
Contudo, devido à evolução das condições sociais e do género de alimentação, aquela concretização pode não bastar para praticar a abstinência como acto penitencial.
Lembrem-se os fiéis de que o essencial do espírito de abstinência é o que dizemos acima,
ou seja, a escolha de uma alimentação simples
e pobre e a renúncia ao luxo e ao esbanjamento.
Só assim a abstinência será privação e se revestirá de carácter penitencial.

Determinações relativas ao jejum e abstinência

4. O jejum e a abstinência são obrigatórios
em Quarta-Feira de Cinzas
e em Sexta-Feira Santa.
A abstinência é obrigatória, no decurso do ano, em todas as sextas-feiras que não coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades.
Esta forma de penitência reveste-se, no entanto, de significado especial nas sextas-feiras da Quaresma.
O preceito da abstinência obriga os fiéis a partir dos 14 anos completos.
O preceito do jejum obriga os fiéis
que tenham feito 18 anos
até terem completado os 59.
Aos que tiverem menos de 14 anos,
deverão os pastores de almas
e os pais procurar atentamente formá-los no verdadeiro sentido da penitência, sugerindo-lhes outros modos de a exprimirem.

7. As presentes determinações sobre o jejum e a abstinência apenas se aplicam em condições normais de saúde,
estando os doentes,
por conseguinte, dispensados da sua observância.

Determinações relativas a outras penitências

8. Nas sextas-feiras poderão os fiéis cumprir o preceito penitencial, quer fazendo penitência como acima ficou dito,
quer escolhendo formas de penitência reconhecidas pela tradição,
tais como a oração e a esmola,
ou mesmo optar por outras formas, de escolha pessoal,
como, por exemplo, privar-se de fumar, de algum espectáculo, etc.

9. No que respeita à oração, poderão cumprir o preceito penitencial através de exercícios de oração mais prolongados e generosos, tais como:
o exercício da via-sacra,
a recitação do rosário,
a recitação de Laudes e Vésperas da Liturgia das Horas,
a participação na Santa Eucaristia,
uma leitura prolongada da Sagrada Escritura.

10. No que respeita à esmola, poderão cumprir o preceito penitencial através da partilha de bens materiais.
Essa partilha deve ser proporcional às posses de cada um
e deve significar uma verdadeira renúncia a algo do que se tem
ou a gastos dispensáveis ou supérfluos.

11. Os cristãos que escolherem como forma de cumprimento do preceito da penitência uma participação pecuniária orientarão o seu contributo penitencial para uma finalidade determinada, a indicar pelo Bispo diocesano.

12. Os cristãos depositarão o seu contributo penitencial em lugar devidamente identificado em cada igreja ou capela,
ou através da Cúria diocesana.
Na Quaresma, todavia, em vez desta modalidade ou concomitantemente com ela,
o contributo poderá ser entregue no ofertório da Missa dominical,
em dia para o efeito fixado.
As formas de penitência não se excluem mas completam-se mutuamente.

13. É aconselhável que, no cumprimento do preceito penitencial os cristãos não se limitem a uma só forma de penitência, mas antes as pratiquem todas,
pois o jejum,
a oração
e a esmola completam-se mutuamente, em ordem à caridade.

(Normas publicadas com data de 28 de Janeiro de 1985).

O Contributo Penitencial desta Quaresma 2009
Reverte em favor
DO FUNDO DIOCESAN SOCIAL
(em combinação com a Caritas Diocesana, Vicentinos, etc)
Para auxílio de necessidades urgentes
de desempregados,
marginalizados,
crianças desamparadas,
violência doméstica e outras!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Algumas informações

A Semana Santa na Paróquia de Cristo Rei da Vergada
Já tem o programa que elaborado e aprovado.
O Senhor Jacinto disso tem e deve ter dado conhecimento:
Semana Santa e Visita Pascal:
No Domingo de Ramos far-se-á a bênção dos Ramos no adro da Igreja
pelas 9.00 horas.
O cortejo inicial começa na Sala da secretaria.
Sai pela porta larga.
Deve haver a caldeirinha de água benta
e turíbulo aceso e incenso.
Será colocada uma mesa no adro fronteiro a porta principal e aí e
feita a cerimónia.
às 9 horas.
Seguidamente entra-se em procissão no Templo para a Eucaristia.
A leitura da Paixão é a três.

Quinta-Feira Santa – Instituição da Eucaristia com Celebração da Ceia
do Senhor hora a combinar com o Senhor P.Casimiro.

.Depois ficará no altar exposto o Santíssimo até às 24 horas para
veneração, como o usual. Deseja-se que haja condições e dignidade.
Lava-pés se é usual
Retirar as toalhas do altar…

6ª-Feira – Via Sacra às 15 horas.
Celebração da Sexta-feira Santa a combinar com o Senhor Padre Casimiro.

Sábado, Vigília Pascal.
Bênção do Fogo, da Água, etc. a combinar com o Senhor Padre Casimiro

Domingo de Páscoa
Celebração da Eucaristia pelas 9 horas.
No final proceder-se-á à Visita Pascal como de costume com saída do
Compasso (8 Cruzes).

À tarde, haverá o encerramento das Cruzes do Compasso com saída da
Sala Nova para a Igreja com uma liturgia da Palavra e uma Bênção Final
em hora a combinar com o Vice-Presidente do Executivo da Paróquia: O
Senhor Floriano.

O Convívio do compasso acontece no Domingo de Pascoela
Num estabelecimento de restauração local.

PEDE-SE AOS ACÓLITOS PARTICIPAÇÂO INTENSA
EM TODA A SEMANA SANTA
VISITA PASCAL OU COMPASSO
Mais ainda pedia se colmatasse qualquer imprevisto!

O Pároco pouco interferirá visto o Senhor Casimiro ter-se oferecido!
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http://caldas-sao-jorge.blogspot.com
Paróquia de Cristo Rei da Vergada02 de Abril de 2009Às 12.00 horas três peregrinosA Caminho de Santiago de Compostela:Italianos de Florença: Casal Roberto e Lori e Jana!No Caminho de Santiago.Vêm de Fátima, pernoita em São João da Madeira,Vergada 12.00 horasSeguem Santo Ovídio ou Mafamudeonde pernoitam hoje..seguindo SantiagoCom a Bênção seguem Caminhoe Caminhada!BOM CAMINHO