quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano Novo 2009

Ajudar o Menino

Há-de conseguir

Ano Novo 2009

Mensagem da Paz 2009

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
BENTO XVI
PARA A CELEBRAÇÃO DO
DIA MUNDIAL DA PAZ
1 DE JANEIRO DE 2009

COMBATER A POBREZA, CONSTRUIR A PAZ

1. Desejo, também no início deste novo ano, fazer chegar os meus votos de paz a todos e, com esta minha Mensagem, convidá-los a reflectir sobre o tema: Combater a pobreza, construir a paz. Já o meu venerado antecessor João Paulo II, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, sublinhara as repercussões negativas que acaba por ter sobre a paz a situação de pobreza em que versam populações inteiras. De facto, a pobreza encontra-se frequentemente entre os factores que favorecem ou agravam os conflitos, mesmo os conflitos armados. Estes últimos, por sua vez, alimentam trágicas situações de pobreza. « Vai-se afirmando (...), com uma gravidade sempre maior – escrevia João Paulo II –, outra séria ameaça à paz: muitas pessoas, mais ainda, populações inteiras vivem hoje em condições de extrema pobreza. A disparidade entre ricos e pobres tornou-se mais evidente, mesmo nas nações economicamente mais desenvolvidas. Trata-se de um problema que se impõe à consciência da humanidade, visto que as condições em que se encontra um grande número de pessoas são tais que ofendem a sua dignidade natural e, consequentemente, comprometem o autêntico e harmónico progresso da comunidade mundial ».(1)
2. Neste contexto, combater a pobreza implica uma análise atenta do fenómeno complexo que é a globalização. Tal análise é já importante do ponto de vista metodológico, porque convida a pôr em prática o fruto das pesquisas realizadas pelos economistas e sociólogos sobre tantos aspectos da pobreza. Mas a evocação da globalização deveria revestir também um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único projecto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos – indivíduos, povos e nações – regulem o seu comportamento segundo os princípios de fraternidade e responsabilidade.
Em tal perspectiva, é preciso ter uma visão ampla e articulada da pobreza. Se esta fosse apenas material, para iluminar as suas principais características, seriam suficientes as ciências sociais que nos ajudam a medir os fenómenos baseados sobretudo em dados de tipo quantitativo. Sabemos porém que existem pobrezas imateriais, isto é, que não são consequência directa e automática de carências materiais. Por exemplo, nas sociedades ricas e avançadas, existem fenómenos de marginalização, pobreza relacional, moral e espiritual: trata-se de pessoas desorientadas interiormente, que, apesar do bem-estar económico, vivem diversas formas de transtorno. Penso, por um lado, no chamado « subdesenvolvimento moral » (2) e, por outro, nas consequências negativas do « superdesenvolvimento ».(3) Não esqueço também que muitas vezes, nas sociedades chamadas « pobres », o crescimento económico é entravado por impedimentos culturais, que não permitem uma conveniente utilização dos recursos. Seja como for, não restam dúvidas de que toda a forma de pobreza imposta tem, na sua raiz, a falta de respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. Quando o homem não é visto na integridade da sua vocação e não se respeitam as exigências duma verdadeira « ecologia humana »,(4) desencadeiam-se também as dinâmicas perversas da pobreza, como é evidente em alguns âmbitos sobre os quais passo a deter brevemente a minha atenção.
Pobreza e implicações morais
3. A pobreza aparece muitas vezes associada, como se fosse sua causa, com o desenvolvimento demográfico. Em consequência disso, realizam-se campanhas de redução da natalidade, promovidas a nível internacional, até com métodos que não respeitam a dignidade da mulher nem o direito dos esposos a decidirem responsavelmente o número dos filhos (5) e que muitas vezes – facto ainda mais grave – não respeitam sequer o direito à vida. O extermínio de milhões de nascituros, em nome da luta à pobreza, constitui na realidade a eliminação dos mais pobres dentre os seres humanos. Contra tal presunção, fala o dado seguinte: enquanto, em 1981, cerca de 40% da população mundial vivia abaixo da linha de pobreza absoluta, hoje tal percentagem aparece substancialmente reduzida a metade, tendo saído da pobreza populações caracterizadas precisamente por um incremento demográfico notável. O dado agora assinalado põe em evidência que existiriam os recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso de um crescimento da população. E não se há-de esquecer que, desde o fim da segunda guerra mundial até hoje, a população da terra cresceu quatro mil milhões e tal fenómeno diz respeito, em larga medida, a países que surgiram recentemente na cena internacional como novas potências económicas e conheceram um rápido desenvolvimento graças precisamente ao elevado número dos seus habitantes. Além disso, dentre as nações que mais se desenvolveram, aquelas que detêm maiores índices de natalidade gozam de melhores potencialidades de progresso. Por outras palavras, a população confirma-se como uma riqueza e não como um factor de pobreza.
4. Outro âmbito de preocupação são as pandemias, como por exemplo a malária, a tuberculose e a SIDA, pois, na medida em que atingem os sectores produtivos da população, influem enormemente no agravamento das condições gerais do país. As tentativas para travar as consequências destas doenças na população nem sempre alcançam resultados significativos. E sucede além disso que os países afectados por algumas dessas pandemias se vêem, ao querer enfrentá-las, sujeitos a chantagem por parte de quem condiciona a ajuda económica à actuação de políticas contrárias à vida. Sobretudo a SIDA, dramática causa de pobreza, é difícil combatê-la se não se enfrentarem as problemáticas morais associadas com a difusão do vírus. É preciso, antes de tudo, fomentar campanhas que eduquem, especialmente os jovens, para uma sexualidade plenamente respeitadora da dignidade da pessoa; iniciativas realizadas nesta linha já deram frutos significativos, fazendo diminuir a difusão da SIDA. Depois há que colocar à disposição também das populações pobres os remédios e os tratamentos necessários; isto supõe uma decidida promoção da pesquisa médica e das inovações terapêuticas e, quando for preciso, uma aplicação flexível das regras internacionais de protecção da propriedade intelectual, de modo que a todos fiquem garantidos os necessários tratamentos sanitários de base.
5. Terceiro âmbito, que é objecto de atenção nos programas de luta contra a pobreza e que mostra a sua intrínseca dimensão moral, é a pobreza das crianças. Quando a pobreza atinge uma família, as crianças são as suas vítimas mais vulneráveis: actualmente quase metade dos que vivem em pobreza absoluta é constituída por crianças. O facto de olhar a pobreza colocando-se da parte das crianças induz a reter como prioritários os objectivos que mais directamente lhes dizem respeito, como por exemplo os cuidados maternos, o serviço educativo, o acesso às vacinas, aos cuidados médicos e à água potável, a defesa do ambiente e sobretudo o empenho na defesa da família e da estabilidade das relações no seio da mesma. Quando a família se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crianças. Onde não é tutelada a dignidade da mulher e da mãe, a ressentir-se do facto são de novo principalmente os filhos.
6. Quarto âmbito que, do ponto de vista moral, merece particular atenção é a relação existente entre desarmamento e progresso. Gera preocupação o actual nível global de despesa militar. É que, como já tive ocasião de sublinhar, « os ingentes recursos materiais e humanos empregados para as despesas militares e para os armamentos, na realidade, são desviados dos projectos de desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais pobres e necessitados de ajuda. E isto está contra o estipulado na própria Carta das Nações Unidas, que empenha a comunidade internacional, e cada um dos Estados em particular, a ‘‘promover o estabelecimento e a manutenção da paz e da segurança internacional com o mínimo dispêndio dos recursos humanos e económicos mundiais para os armamentos'' (art. 26) ».(6)
Uma tal conjuntura, longe de facilitar, obstaculiza seriamente a consecução dos grandes objectivos de desenvolvimento da comunidade internacional. Além disso, um excessivo aumento da despesa militar corre o risco de acelerar uma corrida aos armamentos que provoca faixas de subdesenvolvimento e desespero, transformando-se assim, paradoxalmente, em factor de instabilidade, tensão e conflito. Como sensatamente afirmou o meu venerado antecessor Paulo VI, « o desenvolvimento é o novo nome da paz ».(7) Por isso, os Estados são chamados a fazer uma séria reflexão sobre as razões mais profundas dos conflitos, frequentemente atiçados pela injustiça, e a tomar providências com uma corajosa autocrítica. Se se chegar a uma melhoria das relações, isso deverá consentir uma redução das despesas para armamentos. Os recursos poupados poderão ser destinados para projectos de desenvolvimento das pessoas e dos povos mais pobres e necessitados: o esforço despendido em tal direcção é um serviço à paz no seio da família humana.
7. Quinto âmbito na referida luta contra a pobreza material diz respeito à crise alimentar actual, que põe em perigo a satisfação das necessidades de base. Tal crise é caracterizada não tanto pela insuficiência de alimento, como sobretudo pela dificuldade de acesso ao mesmo e por fenómenos especulativos e, consequentemente, pela falta de um reajustamento de instituições políticas e económicas que seja capaz de fazer frente às necessidades e às emergências. A má nutrição pode também provocar graves danos psicofísicos nas populações, privando muitas pessoas das energias de que necessitam para sair, sem especiais ajudas, da sua situação de pobreza. E isto contribui para alargar a distância angular das desigualdades, provocando reacções que correm o risco de tornar-se violentas. Todos os dados sobre o andamento da pobreza relativa nos últimos decénios indicam um aumento do fosso entre ricos e pobres. Causas principais de tal fenómeno são, sem dúvida, por um lado a evolução tecnológica, cujos benefícios se concentram na faixa superior da distribuição do rendimento, e por outro a dinâmica dos preços dos produtos industriais, que crescem muito mais rapidamente do que os preços dos produtos agrícolas e das matérias primas na posse dos países mais pobres. Isto faz com que a maior parte da população dos países mais pobres sofra uma dupla marginalização, ou seja, em termos de rendimentos mais baixos e de preços mais altos.
Luta contra a pobreza e solidariedade global
8. Uma das estradas mestras para construir a paz é uma globalização que tenha em vista os interesses da grande família humana.(8) Mas, para guiar a globalização é preciso uma forte solidariedade global (9) entre países ricos e países pobres, como também no âmbito interno de cada uma das nações, incluindo ricas. É necessário um « código ético comum »,(10) cujas normas não tenham apenas carácter convencional mas estejam radicadas na lei natural inscrita pelo Criador na consciência de todo o ser humano (cf. Rm 2, 14-15). Porventura não sente cada um de nós, no íntimo da consciência, o apelo a dar a própria contribuição para o bem comum e a paz social? A globalização elimina determinadas barreiras, mas isto não significa que não possa construir outras novas; aproxima os povos, mas a proximidade geográfica e temporal não cria, de per si, as condições para uma verdadeira comunhão e uma paz autêntica. A marginalização dos pobres da terra só pode encontrar válidos instrumentos de resgate na globalização, se cada homem se sentir pessoalmente atingido pelas injustiças existentes no mundo e pelas violações dos direitos humanos ligadas com elas. A Igreja, que é « sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano »,(11) continuará a dar a sua contribuição para que sejam superadas as injustiças e incompreensões e se chegue a construir um mundo mais pacífico e solidário.
9. No campo do comércio internacional e das transacções financeiras, temos hoje em acção processos que permitem integrar positivamente as economias, contribuindo para o melhoramento das condições gerais; mas há também processos de sentido oposto, que dividem e marginalizam os povos, criando perigosas premissas para guerras e conflitos. Nos decénios posteriores à segunda guerra mundial, o comércio internacional de bens e serviços cresceu de forma extraordinariamente rápida, com um dinamismo sem precedentes na história. Grande parte do comércio mundial interessou os países de antiga industrialização, vindo significativamente juntar-se-lhes muitos países que sobressaíram tornando-se relevantes. Mas há outros países de rendimento baixo que estão ainda gravemente marginalizados dos fluxos comerciais. O seu crescimento ressentiu-se negativamente com a rápida descida verificada, nos últimos decénios, nos preços dos produtos primários, que constituem a quase totalidade das suas exportações. Nestes países, em grande parte africanos, a dependência das exportações de produtos primários continua a constituir um poderoso factor de risco. Quero reiterar aqui um apelo para que todos os países tenham as mesmas possibilidades de acesso ao mercado mundial, evitando exclusões e marginalizações.
10. Idêntica reflexão pode fazer-se a propósito do mercado financeiro, que toca um dos aspectos primários do fenómeno da globalização, devido ao progresso da electrónica e às políticas de liberalização dos fluxos de dinheiro entre os diversos países. A função objectivamente mais importante do mercado financeiro, que é a de sustentar a longo prazo a possibilidade de investimentos e consequentemente de desenvolvimento, aparece hoje muito frágil: sofre as consequências negativas de um sistema de transacções financeiras – a nível nacional e global – baseadas sobre uma lógica de brevíssimo prazo, que busca o incremento do valor das actividades financeiras e se concentra na gestão técnica das diversas formas de risco. A própria crise recente demonstra como a actividade financeira seja às vezes guiada por lógicas puramente auto-referenciais e desprovidas de consideração pelo bem comum a longo prazo. O nivelamento dos objectivos dos operadores financeiros globais para o brevíssimo prazo reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua função de ponte entre o presente e o futuro: apoio à criação de novas oportunidades de produção e de trabalho a longo prazo. Uma actividade financeira confinada no breve e brevíssimo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira.(12)
11. Segue-se de tudo isto que a luta contra a pobreza requer uma cooperação nos planos económico e jurídico que permita à comunidade internacional e especialmente aos países pobres individuarem e actuarem soluções coordenadas para enfrentar os referidos problemas através da realização de um quadro jurídico eficaz para a economia. Além disso, requer estímulos para se criarem instituições eficientes e participativas, bem como apoios para lutar contra a criminalidade e promover uma cultura da legalidade. Por outro lado, não se pode negar que, na origem de muitos falimentos na ajuda aos países pobres, estão as políticas vincadamente assistencialistas. Investir na formação das pessoas e desenvolver de forma integrada uma cultura específica da iniciativa parece ser actualmente o verdadeiro projecto a médio e longo prazo. Se as actividades económicas precisam de um contexto favorável para se desenvolver, isto não significa que a atenção se deva desinteressar dos problemas do rendimento. Embora se tenha oportunamente sublinhado que o aumento do rendimento pro capite não pode de forma alguma constituir o fim da acção político-económica, todavia não se deve esquecer que o mesmo representa um instrumento importante para se alcançar o objectivo da luta contra a fome e contra a pobreza absoluta. Deste ponto de vista, seja banida a ilusão de que uma política de pura redistribuição da riqueza existente possa resolver o problema de maneira definitiva. De facto, numa economia moderna, o valor da riqueza depende em medida determinante da capacidade de criar rendimento presente e futuro. Por isso, a criação de valor surge como um elo imprescindível, que se há- de ter em conta se se quer lutar contra a pobreza material de modo eficaz e duradouro.
12. Colocar os pobres em primeiro lugar implica, finalmente, que se reserve espaço adequado para uma correcta lógica económica por parte dos agentes do mercado internacional, uma correcta lógica política por parte dos agentes institucionais e uma correcta lógica participativa capaz de valorizar a sociedade civil local e internacional. Hoje os próprios organismos internacionais reconhecem o valor e a vantagem das iniciativas económicas da sociedade civil ou das administrações locais para favorecer o resgate e a integração na sociedade daquelas faixas da população que muitas vezes estão abaixo do limiar de pobreza extrema mas, ao mesmo tempo, dificilmente se consegue fazer-lhes chegar as ajudas oficiais. A história do progresso económico do século XX ensina que boas políticas de desenvolvimento são confiadas à responsabilidade dos homens e à criação de positivas sinergias entre mercados, sociedade civil e Estados. Particularmente a sociedade civil assume um papel crucial em todo o processo de desenvolvimento, já que este é essencialmente um fenómeno cultural e a cultura nasce e se desenvolve nos diversos âmbitos da vida civil.(13)
13. Como observava o meu venerado antecessor João Paulo II, a globalização « apresenta-se com uma acentuada característica de ambivalência »,(14) pelo que há- de ser dirigida com clarividente sabedoria. Faz parte de tal sabedoria ter em conta primariamente as exigências dos pobres da terra, superando o escândalo da desproporção que se verifica entre os problemas da pobreza e as medidas predispostas pelos homens para os enfrentar. A desproporção é de ordem tanto cultural e política como espiritual e moral. De facto, tais medidas detêm-se frequentemente nas causas superficiais e instrumentais da pobreza, sem chegar às que se abrigam no coração humano, como a avidez e a estreiteza de horizontes. Os problemas do desenvolvimento, das ajudas e da cooperação internacional são às vezes enfrentados sem um verdadeiro envolvimento das pessoas, mas apenas como questões técnicas que se reduzem à preparação de estruturas, elaboração de acordos tarifários, atribuição de financiamentos anónimos. Inversamente, a luta contra a pobreza precisa de homens e mulheres que vivam profundamente a fraternidade e sejam capazes de acompanhar pessoas, famílias e comunidades por percursos de autêntico progresso humano.
Conclusão
14. Na Encíclica Centesimus annus, João Paulo II advertia para a necessidade de « abandonar a mentalidade que considera os pobres – pessoas e povos – como um fardo e como importunos maçadores, que pretendem consumir tudo o que os outros produziram ». « Os pobres – escrevia ele – pedem o direito de participar no usufruto dos bens materiais e de fazer render a sua capacidade de trabalho, criando assim um mundo mais justo e mais próspero para todos ».(15) No mundo global de hoje, resulta de forma cada vez mais evidente que só é possível construir a paz, se se assegurar a todos a possibilidade de um razoável crescimento: de facto, as consequências das distorções de sistemas injustos, mais cedo ou mais tarde, fazem-se sentir sobre todos. Deste modo, só a insensatez pode induzir a construir um palácio dourado, tendo porém ao seu redor o deserto e o degrado. Por si só, a globalização não consegue construir a paz; antes, em muitos casos, cria divisões e conflitos. A mesma põe a descoberto sobretudo uma urgência: a de ser orientada para um objectivo de profunda solidariedade que aponte para o bem de cada um e de todos. Neste sentido, a globalização há-de ser vista como uma ocasião propícia para realizar algo de importante na luta contra a pobreza e colocar à disposição da justiça e da paz recursos até agora impensáveis.
15. Desde sempre se interessou pelos pobres a doutrina social da Igreja. Nos tempos da Encíclica Rerum novarum, pobres eram sobretudo os operários da nova sociedade industrial; no magistério social de Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, novas pobrezas foram vindo à luz à medida que o horizonte da questão social se alargava até assumir dimensões mundiais.(16) Este alargamento da questão social à globalidade não deve ser considerado apenas no sentido duma extensão quantitativa mas também dum aprofundamento qualitativo sobre o homem e as necessidades da família humana. Por isso a Igreja, ao mesmo tempo que segue com atenção os fenómenos actuais da globalização e a sua incidência sobre as pobrezas humanas, aponta os novos aspectos da questão social, não só em extensão mas também em profundidade, no que se refere à identidade do homem e à sua relação com Deus. São princípios de doutrina social que tendem a esclarecer os vínculos entre pobreza e globalização e a orientar a acção para a construção da paz. Dentre tais princípios, vale a pena recordar aqui, de modo particular, o « amor preferencial pelos pobres »,(17) à luz do primado da caridade testemunhado por toda a tradição cristã a partir dos primórdios da Igreja (cf. Act 4, 32-37; 1 Cor 16, 1; 2 Cor 8-9; Gal 2, 10).
« Cada um entregue-se à tarefa que lhe incumbe com a maior diligência possível » – escrevia em 1891 Leão XIII, acrescentando: « Quanto à Igreja, a sua acção não faltará em nenhum momento ».(18) Esta consciência acompanha hoje também a acção da Igreja em favor dos pobres, nos quais vê Cristo,(19) sentindo ressoar constantemente em seu coração o mandato do Príncipe da paz aos Apóstolos: « Vos date illis manducare – dai-lhes vós mesmos de comer » (Lc 9, 13). Fiel a este convite do seu Senhor, a Comunidade Cristã não deixará, pois, de assegurar o seu apoio à família humana inteira nos seus impulsos de solidariedade criativa, tendentes não só a partilhar o supérfluo, mas sobretudo a alterar « os estilos de vida, os modelos de produção e de consumo, as estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades ».(20) Assim, a cada discípulo de Cristo bem como a toda a pessoa de boa vontade, dirijo, no início de um novo ano, um caloroso convite a alargar o coração às necessidades dos pobres e a fazer tudo o que lhe for concretamente possível para ir em seu socorro. De facto, aparece como indiscutivelmente verdadeiro o axioma « combater a pobreza é construir a paz ».
Vaticano, 8 de Dezembro de 2008.
BENEDICTUS PP. XVI

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() Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, 1.
() Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 19.
() João Paulo II, Carta enc. Sollicitudo rei socialis, 28.
() João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 38.
() Cf. Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 37; João Paulo II, Carta enc. Sollicitudo rei socialis, 25.
() Bento XVI, Carta ao Cardeal Renato Rafael Martino por ocasião do Seminário Internacional organizado pelo Conselho Pontifício « Justiça e Paz » sobre o tema « Desarmamento, desenvolvimento e paz. Perspectivas para um desarmamento integral », 10 de Abril de 2008: L'Osservatore Romano (13/IV/2008), p. 8.
() Carta enc. Populorum progressio, 87.
() Cf. João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 58.
() Cf. João Paulo II, Discurso na Audiência às Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos [ACLI] (27 de Abril de 2002), 4: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XXV/1 [2002], 637.
() João Paulo II, Discurso à Assembleia Plenária da Academia Pontifícia das Ciências Sociais (27 de Abril de 2001), 4: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XXIV/1 [2001], 802.
() Concílio Ecum. Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, 1.
() Cf. Conselho Pontifício « Justiça e Paz », Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 368.
() Cf. ibid., 356.
() Discurso na Audiência a Dirigentes de Sindicatos de Trabalhadores e de grandes Empresas, (2 de Maio de 2000), 3: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XXIII/1 [2000], 726.
() N. 28.
() Cf. Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 3.
() João Paulo II, Carta enc. Sollicitudo rei socialis, 42; cf. Carta enc. Centesimus annus, 57.
() Leão XIII, Carta enc. Rerum novarum, 45.
() Cf. João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 58.
() Ibid., 58.

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sábado, 27 de dezembro de 2008

Então sempre quer ser professora de Psicologia?

Então sempre quer ser professora de Psicologia?

Ou me dá positiva ou vai já a tola ao ao ar!
Alunos do 11º Ano!
Com dezoito anos
Podem ser pais e mães!
Podem ir para a guerra!
Têm bom lombo para
abrir trincheiras
e limpar valetas!
Coitadinhas das criancinhas!

«Brincadeira» de jovens do 11º ano da escola do Cerco, no Porto.
Professora é ameaçada por uma arma de plástico pelos próprios alunos.

Categoria: Filmes e desenhos

Palavras-chave:

porto professora prof brincadeira arma plástico cerco escola telemóvel gravar jovens educação secundária ameaça avaliação ameaçada

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Carta às Familias da Diocese do Porto


Carta às Familias da Diocese do Porto
Excelente carta
inovadora iniciativa!
Há que cunprir!

domingo, 21 de dezembro de 2008

É Natal! É Natal!

É Natal! É Natal!
Com brio e excelente desmpenho
decorreu o Natal da Escola do 1º Ciclo da Vergada!
Parabéns aos Alunos e Professores!

Parabéns à Senhora Presidente da Comissão Executiva a Professora Rosa!
De parabéns os Pais e Encarregados de Educação

que levaram a bom termo esta simpática iniciativa
que teve lugar o Salão de Festas da Paróquia de Cristo Rei da Vergada
Santa Maria da Feira!

Feliz Natal
e Próspero Ano Novo 2009!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Parabéns Bodas de Ouro de Matrimónio !!!



Parabéns Bodas de Ouro de Matrimónio !!!
Do Casal Joaquim e Conceição!

Foi pela primeira vez na Igreja Matriz de Lourosa
Hoje 50 anos na Igreja Matriz da Paróquia de Cristo Rei da Vergada!

domingo, 14 de dezembro de 2008

SÓ SE MORRE QUANDO SE É ESQUECIDO!

Foi-me facultada e disponibilizada uma carta inédita da autoria do
Foi-me facultada e disponibilizada uma carta inédita da autoria do
Reverendo P. Nuno Cardoso, Pároco de Alfena Valongo,
Paróquia em que deixou obra sócio-caritativa inovadora, invejável e exemplar, abrindo perspectivas a tantas outras Paróquias e Associações de Bem-Fazer espalhadas pelo País.
Aborda essa carta inédita um singular e expressivo louvor - testemunho ao Reverendo Padre Álvaro Soares da Silva, Pároco de 15 de Agosto de 1972 a 31 de Dezembro de 1984 da Paróquia Experimental de Cristo Rei da Vergada agora Paróquia de Cristo Rei da Vergada.
Refere com o título:” O Padre Álvaro Soares Está Vivo” de Junho de 1994.
ESTÃO AMBOS VIVOS : O PADRE ÁLVARO E PADRE NUNO!
SÓ SE MORRE QUANDO SE É ESQUECIDO!
Ninguém é profeta na sua terra.. e o Padre Álvaro contrariou o dito do próprio Jesus Cristo!
Em Angola deixou a sua generosa Obra, no fiel cumprimento do “ IDE E ENSINAI !”
Ergueu bem alto a sua fé!
Num meio difícil na altura como era o seu “ meteu lança em África” !
Fiz um milagre na sua terra!
Milagre de Fé que a todos tocou e abismou!
Humilde, persistente, de sadia teimosia e grandiosa generosidade!
Terminada a obra , realizado o seu sonho na sua terra regressa à Missão!
Como João Baptista, importa que Ele cresça e que eu diminua!
A minha mais alta estima e consideração.
P. António Machado
Pároco da Paróquia de Cristo Rei da Vergada.

Dos trâmites da Correcção Fraterna!

Dos trâmites da Correcção Fraterna!
Da correcção fraterna e do perdão Na justiça (injustiça) moderna = a vingação ou vingança!!!
Do Evangelho de S. Mateus 18, 15-19
DO PERDÂO E CORRECÇÃO
1º - Se o teu irmão te tiver ofendido, vai e repreendo-o a sós
Se te ouvir terás ganho o teu irmão.
2º- Se não te escutar
Toma contigo uma ou duas pessoas
Afim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três pessoas!
3º- Se recusar ouvi-las, di-lo à Igreja.
Se recusar ouvir também a Igreja seja para ti como um pagão ou gentio…
………………………………………………………………….
4º - Seja entregue à justiça do tribunal….
E depois lá se vê!!!
Também depende dos tribunais!!!
Justiça moderna = antiga = lei de talião:
“Olho por olho, dente por dente”
Assim está-se na lei da Selva, ainda não se é homem, pessoa. Cristão!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Ceia do Natal do Agrupamento 901








Decorreu mais uma vez a Ceia do Natal do Agrupamento 901 de Caldas de São Jorge. Presentes todos os seus elementos.
Desde os Lobitos a Caminheiros e Chefes!

Momento agradável de convívio e boa disposição.

De salientar a presença dos nossos convidados: Senhor Presidente da Junta, Representantes dos Conselhos Económicos Paroquiais de Caldas de São Jorge

e da Paróquia de Cristo Rei da Vergada!

Imagens da Paróquia da Vergada.

Imagens da Paróquia de Cristo Rei da Vergada!
Para recordar








Imagens da Paróquia de Cristo Rei da Vergada!
Homenagem ao esforço, tenacidade e sacrifício da sua gente!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Grande Homem ...Grande Alma ...Grande Pároco!!!

Cortesia do Terras da Feira de 1 de Dezembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Porque não as práticas desportivas ?....

A Vila Termal de Caldas de São Jorge é Notícia!
Parabéns!
Com a devida vénia do bissemanário TERRAS DA FEIRA 27 Novembro 2008
O Ginásio José Martins está de parabéns e os seus atletas! Lúcia, seis anos, medalha de ouro na classe de benjamins, categoria mini-mosca!


Nicole, nove anos, medalha de ouro na classe de infantis, categoria mosca
Cláudia Silva, 15 anos, medalha de ouro na classe de juniores, categoria ligeiro!
Eduardo, nove anos, medalha de prata na classe infantil, categoria mini mosca!
Cidalino, 10 anos, medalha de prata na classe de iniciados, categoria mini-mosca!
Cláudia Moreira, 15 anos, classe de juniores, categoria meio-pesado!
Hugo Magalhães marcar, uma vez mais, a sua presença na Selecção Nacional de Taekwondo, que vai disputar o Torneio Internacional de Santarém da modalidade no próximo sábado, dia 29, em Salvaterra de Magos.

Com a devida vénia ao:
http://www.ginasiojosemartins.com

terça-feira, 25 de novembro de 2008

domingo, 23 de novembro de 2008

Novo Pároco da Paróquia de Cristo Rei da Vergada


Tomada de Posse
Do Novo Pároco da Paróquia de Cristo Rei da Vergada
Santa Maria da Feira – Vila de Argoncilhe e Vila de Mozelos,

Pelas 17.00 horas de Sábado
Dia 22 de Novembro de 2008
Festa de Cristo Rei

P. António Teixeira Machado acumula
com a Paroquialidade da Vila Termal de Caldas de São Jorge
a Paroquialidade da Paróquia de Cristo Rei da Vergada.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Consultar!!!

http://www.savefile.com/files/1892447

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Argoncilhe e Vergada-Duas Freguesias e Vilas

Argoncilhe
e Mozelos
Freguesias e Vilas
Vergada - Cristo Rei da Vergada
Uma Paróquia

MOZELOS.

Freguesia do concelho e comarca da Feira, distrito de Aveiro, diocese. e relação do Porto orago, S. Martinho.

População 2286 habitantes, 455 fogos.

A freguesia de Mozelos, um curato da apresentação do convento da serra do Pilar passou a reitoria.

Foi incluída no foral da Feira (Terra de Santa Maria), dado por D. Manuel em Lisboa, a 10-III-1514.

Esta freguesia é antiquíssima.

Como o prova o seu castro de Sagitela, monte de Seitela, a que hoje chamam Coteiro do Murado, havendo um lugar ainda e urna família assaz numerosa com esse nome de Seitela.

De Mozelos e Seitela nos faia urn documento do 1097 quo diz assim: <

(Dip., n.867).

Em documento de 1155 aparece-nos outra herdade compreendida >: affricum laurosela... subtus monte cuturelo, discurrente riu major, prope castelum sancte Marie>>

(Baio Ferrado, fl. 86, v). (Do Arquivo Distrital de Aveiro, n.ª33, a p. 58)

Por estes documentos parece não haver dúvidas de que a chamada estrada velha do Porto, de que existe aqui um bom troço, partindo da Igreja pelo lado Norte, em direcção a Argoncilhe, é nem mais nem menos que a antiga via militar romana ou estrada mourisca.

Falam desta freguesia as inquiricões de 1250 a que mandou proceder o rei Afonso III.

Foi curato do convento de Grijó, pois que o seu cura era apresentado pelo abade desse convento, passando depois esse direito de apresentação para o abade do convento da Serra do Pilar. Pagava nos celeiros de Guetim o seu tributo a que se dava o nome de Censória ou Votos e que consistia em determinada porçâo de cera, cereais, vinho e numa percentagern dos direitos de funeral, Mortórios.

A Ordem de Malta ou do Hospital, que tinha casa sua em Rio Meão, também aqui possuía hens e foros.

Tem anexada a major parte da antiga freguesia de Santa Maria de Meladas, que foi extinta por fins do sec. xv, devido a uma grande peste e fome que lhe dizimou quase toda a sua populaçâo; ainda hoje existe no lugar de Meladas uma pequenina capela comemorativa da antiga Igreja paroquial que ali houve, e que tinha como passal a actual Quinta de Meladas, que pertence a família Van Zeller.

Mozelos em 1527 tinha uns 35 vizinhos;

em 1623, segundo o Catálogo dos Bispos do Porto, de D. Rodrigo da Cunha, tinha 168 pessoas de comunhâo e 44 menores; rendia cem mil réis e era então curado dos padres agostinhos do mosteiro da Serra do Pilar.

A freguesia de Mozelos possui uma relíquia única no género no nosso país: o pinheiro das hoje propriedade nacional, embora existente numa quinta particular, que foi testemunha ocular da tragédia do Picôto.

0 pinheiro das <>, árvore secular, mas ainda com bastante vida assistiu à matança de sete Portugueses, praticada pelos franceses, a quando da segunda invasão francesa, em 1809.

Ali junto dele, foram fuzilados sete Portugueses inocentes (no dia de N. S. da Hora), entre estes os Sás de Anta; padre João de Sá Rocha e seu irmão Manuel de Sá Rocha, mortos na presença da mãe.

Nas rameiras deste histórico pinheiro foram pendurados os cadáveres das vítimas, ficando durante algum tempo ali expostos ao público a atestar a sanha dos invasores franceses.

A freguesia de Mozelos pela sua posicão topográfica é hoje sem dúvida uma das mais lindas freguesias do concelho da Feira.

Compreende os lugares de: Casal, Corga, Coteiro, Ermilhe, Fundão, Gêsto, Goda, Igreja, Mal pica, Meladas, Mozelos, Murado, Outeiro do Moinho. Picoto, Prime, Quebrada, Quintâ, Rapigo, Regadas, Rio, Seitela, Serradinha, Sobral, Talegre, Vergada e Vilas.

(Enciclopédia Luso-Brasileira)

MOZELOS.

Freguesia com 3483 habitamtes com 751 fogos (1970)

do concelho e comarca da Feira, distrito de Aveiro e diocese do Porto.

Dista 13 km da sede do concelho e 50 da sede do Distrito.

Orago: S. Martinho.

Surge num documento de 1097 com o nome de Moazellus.

Por ela passava a antiga via militar romana que unia Coimbra ao Porto e a Braga.

Mozelos foi incluída no foral manuelino de 10.2.1514, concedido à Feira (terra de Santa Maria), passando mais tarde a reitoria.

(Enciclopédia Verbo).

Freguesia situada em terreno 1evemente acidentado, bonita, rica e fértil em todos os géneros do nosso clima.

Cria muito gado bovino que exporta para a Grã -Bretanha, em grande quantidade.

Exporta para a cidade do Porto muitos cereais e frutas e bastante madeira.

No Murado se faz uma grande feira (feira de Santa Catarina) nos dias 25 de cada mês. Neste lugar existe um solar dum ramo dos Vasconcelos. Para a sua genealogia e armas ver Castelo Melhor, Mafra e Penela.

(Portugal Antigo e Moderno, 1875, de Pinho Leal).

Mozelos

Fixa a situação da freguesia o mono que nos documentos medievais é designado por Seitela e comummente e nas cartas geográficas por Murado (cota 225 m.) e ainda por monte do Coteiro, povoação ao lado. Trata-se dum cabeço destacado que se orienta de nascente a poente, despegando-se da linha geral de alturas, onde corre a estrada tradicional, em cujo colo de ligação assenta a igreja. Outrora, quando ainda não havia o revestimento de pinhal, ele tornava-se bem visível e era natural que servisse de ponto de referência.

No ano de 1097, em carta de venda entre particulares duma herdade diz-se: in vila dicta Moazelus... subtus monte Saitella discurrente strata ad portum Asinarium, rivulo

Maior.

E em outro de 1098: in villa Moazelos in loco Primi... et fer ipsa larea in ipso rivulo qui venit de Laurusela subtus monte Saitela discurrente rivulo Prime.

Rio Maior e rio Prime são os dois braços iniciais do Rio Maior que vai a Paramos e cai na barrinha de Esmoriz, aquele do lado de Mozelos, este de Prime e Lourizela.

Seitela é um lugar junta ao morro; no próprio adro, fora do cemitério mas encostado ao mesmo, vimos uma estela fúnebre comemorando diversos militares do fim do séc. XVIII e do XIX da casa de Seitela.

No cartulário > de Grijó há vários documentos referidos a Mozelos.

No cabeço nada se apresenta à vista que possa justificar a denominação de Murado como sítio arqueológico.

IGREJA PAROQUIAL — Padroeiro, S. Martinho,

Vasta, relativamente ao tipo paroquial. Reconstruíram-na na segunda metade do século passado, e em 1920 substituíram-lhe a capela-mor. 0 edifício anterior estava em nível bastante mais baixo, a sul, na mesma direcção, entre a actual estrada e uma rua inferior.

Conservaram na fachada o aspecto regional, do gosto setecentista austero, com a torre à esquerda. Externamente o corpo é de portas travessas e de janelas simples.

No arco-cruzeiro interpretaram a disposição de altas pilastras a enquadrar o vão, completada do habitual remate.

O respectivo entablamento corre nas paredes colaterais, corno cimalha de pedra.

Há arcos retabulares, pequenos, cavados nas paredes dos flancos.

São dois os púlpitos no gosto comum.

O coro-alto, como nos tipos equivalentes, apoia-se em largo arco frontal, de cantaria, em forma de asa-de-cesto.

Todos os retábulos são posteriores a reconstrução: dois colaterais ao arco-cruzeiro, mais dois nos arcos dos flancos, os quais seguem os tipos tradicionais, o principal que já é deste século, havendo ainda outros dois mais modestos, abaixo das portas travessas.

Esculturas modernas e algumas antigas; estas sem interesse especial para o fim deste trabalho.

Lambris de azulejos de série.

CAPELA E PINHEIRO DAS SETE CRUZES

Dedicada aos mortos pela Pátria na última invasão francesa, a 11 de Maio de 1809.

Uma das muitas guerrilhas, organizadas por iniciativa particular para hostilizarem o inimigo, foi chefiada aqui por um homem que, infelizmente, só tem sido conhecido pelo epíteto de Catafula, residente na próxima povoação de 0livães. Num assalto, matou três soldados franceses. Preso com outros, considerados cúmplices, desejou confessar-se, para o que foi chamado Pe. João de Sá da Rocha. O comando da forca do invasor quis levar este a revelar a confissão, na esperança de vir a conhecer os nomes de todos os cúmplices, ao que ele dignamente se recusou. O nobilíssirno sacerdote foi fuzilado conjuntamente com aqueles e, como eles, suspenso do pinheiro. Seu irmão Manuel, morto pelos mesmos no sítio das Barrancas, foi arrastado para aqui. No pinheiro cravaram mais tarde cruzes comemorativas. Uma sobrinha, como abaixo se diz, mandou erguer o oratório.

A capela encontra-se na estrada nacional (E.N. 1) do lado do poente. O pinheiro estava desviado uns cinquenta metros para o norte, segundo homem da região nos indicou; caiu com o temporal a 7 de Novembro de 1954.

A capela é do tipo das de certas regionais de alminhas, pequena, a porta rectangular, datada de 1865, com os cunhais tratados, bem como a linha da empena.

O topo interno é cheio na parte baixa por maciço a semelhar mesa de altar, e em cima por painel pintado à maneira popular. Vê-se, no alto deste, Cristo-crucificado; à esquerda a parte religiosa tradicional, com St.° António e abaixo a Senhora do Carmo e as Almas do Purgatório; à direita e em cima o sacerdote a conversar ou a confessar os quatro outros, a seu lado o pinheiro donde pendem os enforcados, na parte inferior a cena do fuzilamento.

Na parte da mesa lê-se: Aqui foram mortos pelos franceses a 11 de Maio de 1811 (sic), o Rev. P. João de Sá da Rocha e seu irmão Manuel e outros / nascidos no lugar de Esmojães, freguesia de Anta.

Abaixo e ao lado direito: Por gratidão de sua / sobrinha Francisca Alves de Sá de Oliveira / do lugar da Idanha / freguesia d’Anta.

Ao outro, os versos ingénuos:

Vós que tendes sentimentos

Lembrai-vos dos nossos tormentos!

Vós que aqui passais

Lembrai-vos de nós cada vez mais!

Se estas palavras foram escritas com a intenção do pedido usual de preces, sejam hoje o duma grata e comovida lembrança por aqueles que, em seus limitados recursos, procuraram vingar a Pátria e deixar nobre exemplo de firmeza moral e indefectível vontade de a continuar livre e senhora do seus destinos.

Tão alto é o significado desta modesta capela que deveria ser isolada, tratada a sua envolvência, assinalado o seu sitio a quem passe.

No sítio das Barrancas, no antigo trajecto da estrada, hoje levemente afastada pela posterior rectificação já no concelho de Gaia, uma outra mais modesta comemora Manuel Rocha. No interior o quadro do tipo tradicional; sobre a porta uma lápide de mármore, mais recente, diz: BAR RANCAS / 11 de Maio de 1809 /

Manuel de Sá Rocha fuzilado

pelos franceses, a vista de sua Mãe

Esta cai também morta de dor

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso.

QUINTA DAS MELADAS — Representa um antigo vínculo quo nos últimos tempos era indicado como dos Vasconcelos. Passou a posse da família Ferreira Amorim. Na entrada, o portão moderno e a sua direita, a capela tradicional. Dentro, o largo pátio com a casa de vãos rectangulares e ainda as secções agrícolas, ocupando o centro um velho carvalho que o ensombra.

A capela de tipo seiscentista, dedicada a Nossa Senhora do Pilar, é pequena e baixa, corno era usual nas antigas casas. Tratada na frente por meio do pilastras nos cunhais, porta de cornija, linhas rectas na empena. Porta lateral para o pátio. Retábulo do madeira dourada, dos fins do séc. XVII, do tipo plano, quatro colunas torcidas e só de parras, com pequeno remate. A escultura da titular, pequena, data do século seguinte.

CRUZEIRO — No extremo do terreiro da igreja. Deve ter sido deslocado de outro ponto. Poderá ser ainda do sec. XVII, posto que o seu tipo se prolongue nos primeiros anos do seguinte. Grande, de braços rectangulares, faces percorridas de almofadados bem marcados, pedestal decorado de motivos simples.

BIBL. — Port. Mon. Hist. — Dipl. et Chart., Lisb., 1867.

DURAND, Robert — Le cartulaire Baio-Ferrado de Grifó.

Fund. Cal. Gulb., Paris, 1971.

INVENTARIO ARTISTICO DE PORTUGAL

Academia Nacional de Belas-Artes

Lx 1981

AVEIRO X

Tirado do Livro

MOZELOS EM FOCO E…….

Joaquim Sousa Rios

Fernando Santos

Américo Cardoso

João Ferreira do Espírito Santo

Pároco : António de Oliveira Maia

O presidente da Junta: José Ferreira Coimbra

O Regedor: Américo Cardoso


domingo, 16 de novembro de 2008

Nomeação do novo Pároco da Vergada

Nomeação do novo Pároco da Paróquia de Cristo Rei da Vergada - Santa Maria da feira
tomada de posse dia 22 de novembro 17 horas
na Igreja Matriz.

P. Augusto Pereira Baptista.Agradecimento


P. Augusto Pereira Baptista
Breves dados biográficos
31.MAR.1938: Nascimento em Lobão,Santa Maria da Feira
04.AGO.1963: Ordenado Sacerdote na Sé Catedral do Porto
SET/1963-Out/1965: Coadjutor na Paróquia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia
OUT/1965-FEV/1969: Pároco de Santa Leocádia de Baião e Mesquinhata
FEV/1969-FEV/1970: Capelão militar na Guiné
JAN/1971-JUL/1972: Pároco de Santa Leocádia de Baião
e Mesquinhata
SET/1972-JUL/1978: Pároco de Sermonde e Seixezelo,Vila Nova de Gaia
JUL/1978-NOV/1982: Capelão Militar das Tropas Paraquedistas em S. Jacinto
e Pároco em S. Jacinto, Aveiro
NOV/1982-AGO/1988: Capelão das Tropas Paraquedistas em Tancos
e Pároco da Praia do Ribatejo
AGO/1988-OUT/1990: Capelão-Adjunto da Chefia do Serviço de Assistência Religiosa
da Força Aérea em Lisboa
OUT/1990-JUL/1995: Capelão do Hospital da Força Aérea no Lumiar, Lisboa
JUL/1995-MAR/2000: Capelão - Chefe da Guarda Nacional Republicana,em Lisboa
ABR/2000: Pároco de Perosinho, Vila Nova de Gaia
12/OUT/2003: Pároco da Vergada (Santa Maria da Feira)
e Perosinho (Vila Nova de Gaia)

Do site -- http://www.paroquiadavergada.com/

sábado, 15 de novembro de 2008

6ª De 7 Entrevistas do 1º Aniversário do Blog….


6ª De 7 Entrevistas do 1º Aniversário do Blog….

Quando decidiu tornar-se Padre?
Pelos doze anos optei por ir estudar para o seminário.
Meu pai queria que e fosse serralheiro.
Fui estudar.
Aprendi bem e cheguei a Padre.
E não estou arrependido!

Como foi a sua infância e juventude?
Uma infância igual a muita gente da época.
Passear a pé e de bicicleta pelos montes,
Freguesias vizinhas, ir aos ninhos, domesticar pássaros.
Tratar da vida do campo.
Aos 8 e 9 anos tratava de três ovelhas e uma vaca.
A juventude passou-se no estudo, no convívio, teatro, passeios e festas.
Lia muito.
Num dia e numa noite li o livro de Mila18 de Leon Uris o mesmo autor do Êxodo.
Meu record de leitura!
Não andei às “gajas” se bem que na altura era muito pretendido!
Nascido a l de Novembro 1945 no domicílio, em Molar – Rebordosa – Paredes
Entrei para a Escola Primária em 7 de Outubro de 1951, entrando mais tarde sendo penalizado por ter nascido no mês de Novembro!
Completei o Ensino Primário com exame oficial em Junho de 1955.
Com 12 anos entrei Colégio Seminário de Godim – Régua
Depois os Seminários Colégios do Fraião – Braga tendo completado o Curso de Humanidades em 1962 no Liceu Sá Miranda – Braga!
1 Ano de Probatório -1962 – 1963
2 Anos de Filosofia – 1963 – 1965
4 Anos de Teologia – 1965- 1969
2 Anos de Professorado em Sul de Angola - 1969 -1971
Em 1971 – 1972 – Universidade Católica e ordenação a 16 de Abril de 1972
De 1972 - 1974 - De novo Missões do Sul de Angola, Cuanhama e outras.
De regresso em Setembro de 1974
Ao Serviço da Paróquia local de Rebordosa de 1974 a 1983
Pároco de Caldas de São de 8 de Janeiro de 1984!...
Professor com seis anos de Angola
Professor Ensino oficial 27 anos!
Com 65 anos em 1 de Novembro do próximo ano de 2008 entro no laureado de docência!
Depois a Providência dirá!!

Como é o dia-a-dia do Padre de Caldas de S. Jorge?
Levantar-se cedo e conforme o serviço.
8.30 Na Escola.
Serviço escolar.
Vinda da Escola e trabalho paroquial.
Atendimento, celebração Eucarística.
Oração diária, preparação das aulas e outros materiais para as tarefas do dia a dia.
Ao fim de semana quando tudo vai passear tenho o serviço religioso-pastoral de todos conhecido!

No próximo ano, o Padre António Machado completa 25 Anos à frente da comunidade Cristã de Caldas de S. Jorge.
Como foi a sua integração?
Sente-se bem em Caldas de S. Jorge?
Sim completam-se 25 anos com o pastor da Paróquia!
Como pastor estou e vou à frente do Rebanho!
Por vezes atrás do Rebanho para as ovelhas tresmalhadas, distraídas e preguiçosas!
O Pastor é a locomotiva do comboio da comunidade paroquial!
Como bom pastor devo ser uma boa e excelente locomotiva
e a comunidade ser umas óptimas carruagens!
Não adianta excelentes locomotivas para carruagens velhas e rodas quadradas!
Nem adiante uma comunidade de óptimas carruagens
e péssima locomotiva!
Para mim gostaria de um TGV!

A integração foi com altos e baixos.
Foi normal e adequada!

Sim sinto-me bem até ao presente!
Pelo futuro Deus providenciará!

Qual a maior virtude de Caldas de S. Jorge?
Povo empreendedor, de iniciativa e gosta de ficar bem na fotografia!
O que acho bem e revela excelente auto-estima!

E o maior defeito?
Nada a referir!

O Bispo Januário Torgal Ferreira disse uma vez que uma das tragédias em Portugal era a Igreja ser só e para a direita.
Para ele sim, porque é militar e tem que ser pela direita!
A minha opinião não é idêntica!
Cristo foi um revolucionário, um guerrilheiro pacífico que encontra sucedâneos em Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Dalai Lama, para falar em não cristãos
e Madre Teresa, São Francisco de Assis , São Francisco Xavier para falar nos santos e bons cristãos e católicos!
Portanto a Igreja de Jesus Cristo nada tem de direita no sentido que hoje se lhe atribui!
Foi revolucionária no tempo de Cristo, continuada nos Apóstolos e Mártires e nos Santos da Igreja!
É certo que se instituiu como potentado material e temporal de Constantino ao Séc.XIX com o fim dos Estados Pontifícios.
Mas isso foi um capítulo que se encerrou!
Há quem critique a Igreja por algumas suas faltas ou pecados.
A Igreja é Santa e também pecadora!!!
A Inquisição em Portugal em todo o tempo vitimou 653 homens e 522 mulheres! Houve 26.249 penitenciados! (Fortunato de Almeida)
O comunismo no séc. XX matou 100.000.000 de pessoas!
50 Milhões na China!
25 Milhões na União Soviética!
O nazismo matou 20 milhões!
O comunismo matou em média num só dia o que a Inquisição fez em todos séculos da sua existência! (Mártires do Séc. XX – Robert Roal)

Significa isso que a Igreja no nosso país não está totalmente aberta?
A Igreja do nosso tempo abriu-se ao Mundo.
Mas o Mundo não se abriu à Igreja!
Em Portugal segue-se precisamente esse caminho quando se retira os crucifixos das escolas, se faz o simplex das separações e divórcios e se pretende explorar a Igreja nos seus pastores e fiéis seguindo o caminho do Marquês de Pombal, Mata-Frades, Afonso Costa e outros mais modernos!
Houve o Concílio Vaticano II, XXI Concílio Ecumênico da Igreja católica, que foi aberto sob o papado de João XXIII no dia 11 de outubro de 1962 e terminado sob o papado de Paulo VI em 8 de Dezembro de 1965. Mas os governantes e povo em geral não ligaram nenhum. Em 2005 fez 40 anos do seu encerramento!
Nesta data 2008, 43 anos!
Todavia é ignorado por muita gente

Posso perguntar ao Sr. Padre Machado se é de Direita ou de Esquerda?
Sou da direita na condução da viatura na estrada e da esquerda quando vou de peão!

No Vaticano II, defendeu-se o recurso a métodos artificiais para controlar a reprodução.
Mas essa parte não aparece no discurso do Papa.
Pode comentar?
No Vaticano segundo não se aprovou a pílula, nem preservativo, nem aborto, nem homossexualidade, nem lesbianismo, nem união de facto (de fato dizem outros), nem prostituição, nem pedofilia e outros “ias”
Seria interessante ler o Concílio Vaticano II como eu o fiz com o Mila 18.
O que posso comentar é que seguindo o pseudo modernismo…
Apetece-me dizer: queres seguir irmão?
Segue irmão que vais no mau caminho!!!
Acha que a Igreja está adaptada às realidades do Sec. XXI?
Mais do que qualquer instituição a Igreja está adaptada às realidades do Séc.XXI.
Sempre se adaptou em todos séculos!
Por que não nos nossos dias?
Falta mas é criatividade, inovação, muito esforço, luta, amor e carinho, entrega e até martírio!
Falemos de Caldas de S. Jorge.

O Padre Machado é considerado por muitos, como uma das pessoas mais empreendedoras na freguesia.
Considera-se como tal?
Acho-me uma pessoa normal!

Se os paroquianos têm isso em consideração é porque tem boas vistas e são muito complacentes e simpáticos para comigo!
Mas não sou tanto assim!
Que sou ambicioso para a nossa Vila de Caldas de São Jorge.
Sou.
Que a nossa Vila não tem aquilo que merece.
Não tem.
Está bem de se ver!
Disso me faço eco nos posts do Blog e até por vezes criticado.
Mas não me faz mossa.

Onde vai buscar essas forças?
É a ânsia de ver a nossa Vila bonita, bela, progressiva e acolhedora!
Mas acho que não sou compreendido …

O que está a ser feito em termos de obras na Igreja?
Na Igreja fez-se o restauro interior que ficou salvo uma ou duas excepções segundo o que eu projectei!
No exterior trata-se de se fazer a pintura, limpeza da esquadria granítica, adro interior, valorização dos espaços e acessibilidades!
Dentro um mês, penso, estar tudo pronto!

O dinheiro que está a ser empregue nas obras da igreja não poderia ser empregue noutras coisas?
Está bem empregue e falta mais!
Haja quem dê!
Todavia no espaço envolvente e Cemitério está tudo muitíssimo aquém daquilo que eu projectei e sinto-me só nesta luta e nesta guerra!
Daí que volto a afirmar que se as obras da Igreja e envolvência acima referidas são 6/6 ( a totalidade) só com o arranjo da Igreja ficamos apenas a 1/6.

Fale-nos do trabalho social e comunitário que a conferência e o centro social têm desenvolvido?
A Conferência de São Vicente de Paulo tem toda a minha confiança e recomenda-se!
Admite irmãos de coração bondoso e espírito de colaboração e de solidário!
O Centro Social Paroquial tem desenvolvido a sua acção meritíssima por parte de todas as valências tanto de carácter pastoral, social cultural.
Deve-o aos seus utentes, funcionários e particularmente à sua Direcção!
Está excelente, de parabéns e recomenda-se!
Admite colaborantes para a Fundação!


O Senhor Padre Machado é conhecido por ser um fervoroso adepto das novas tecnologias. Explique-nos lá isso.
Sim!
Sem dúvida!
Gosto das novas tecnologias!
Quem não está a par delas e não as sabe utilizar (não digo mexer nelas!) é analfabeto neste Séc.XXI.
Na questão despoletada na Educação por causa do telemóvel da Carolina Micaellis,
eu era na altura para me pôr em bicos de pés por causa e contra os telemóveis!!!
Mas não!
Atenção… a procissão ainda vai no adro!!! (vem aí a prostituição dos miúdos e miúdas, os vídeos das casa de banho das escolas e dos balneários escolares… agora é que vão ser elas!)
Mas não “ se não podes com eles junta-te a eles”! e foi o que eu fiz.
Em comunicação com adolescente e jovens digo-lhes que os telemóveis que têm não passam de simples brinquedos pintados para miúdos palermas, de simples mata pulgas a cães, com jogos de meninos de fraldas, de autênticos tijolos…
Que já há novas tecnologias de 3 G, 3Inov, via internet com e sem fios, via satélite, chips, touchs e in-touchs, pdas, que leva a ter o mundo na palma da mão e ser verdadeiro e sincero.
De resto são tretas!

Foi por isso que desde cedo se tornou um dos mais importantes colaboradores do caldas-são-jorge.blogspot.com?
Sim e não estou arrependido!
Além se convidado como administrador e colaborador deste Blog tenho 8 blogs nos quais espirro e esbracejo à vontade!
Tudo começou pela tampa ou lápide tumular do Adro da Igreja a que chamei na altura eufemísticamente “ chouriço do património”

Era conhecida a amizade que tinha com o malogrado Fernando Coelho.
Como é o seu relacionamento com o actual Presidente da Junta de Freguesia?
É verdade!
Recordá-lo-ei sempre como amigo, colaborador e autarca!
Com o actual Presidente da Junta há um relacionamento amistoso e exemplar!
Acho que os cidadãos de Caldas de São Jorge não seguem o meu exemplo, na maioria no respeitante ao Senhor Presidente da Junta!
Penso que é por ser jovem ou outros razões a que sou alheio!
Não merece da parte da população essa irreverência!
Executivo é executivo!

Como vê estas discussões mais ou menos acesas em torno da actividade da Junta de Freguesia?
Acho inúteis e descabidas!

Acha que a freguesia está no bom caminho?
Acho que não!
A freguesia parou no tempo!
Assim não pode ser cidade e está à rasca para ser Vila!
Falta muita coisa!
Um posto médico que é uma gruta para onde se cai!
Uma Igreja bonita para onde se tomba!
Um Cemitério para onde se é despejado!
Umas Termas rodeadas de malfeitores e marginais!
Era precisa mais criatividade!
Indústrias inovadoras e Know How!
Alegria no trabalho e no trabalho alegria!